Uli Hoeness, presidente honorário do Bayern (Ulrich Wagner/IMAGO)
Uli Hoeness, presidente honorário do Bayern (Ulrich Wagner/IMAGO) - Foto: IMAGO

Presidente do Bayern arrasa Barcelona: «Em qualquer país normal nem estariam na primeira divisão»

Presidente honorário do Bayern teceu duras críticas ao modelo de gestão dos catalães

O Barcelona voltou a ser alvo de críticas duras por parte de Uli Hoeness, presidente honorário do Bayern de Munique. Em entrevista ao podcast OMR, a lenda bávara classificou o modelo de gestão do clube catalão como «absurdo» e defendeu que, em qualquer outro país, o Barça já não estaria a competir na primeira divisão.

Joan Laporta, presidente do Barcelona - Foto: Alvaro Estevez/EPA
Joan Laporta, presidente do Barcelona - Foto: Alvaro Estevez/EPA

«Barcelona não é o modelo, imagino. Em qualquer outro país, eles já não estariam na primeira divisão. Quando se tem 1,3 mil milhões de dólares [cerca de 1,13 mil milhões de euros] de dívida, como é que isso pode funcionar?», questionou Hoeness.

O antigo internacional alemão, de 73 anos, não poupou nas palavras: «Acho absurdo e incompreensível que continuem a jogar na primeira divisão. É um modelo de clube que eu nunca respeitaria. Em qualquer país normal, um clube gerido assim nem sequer estaria na primeira divisão. Honestamente, é um milagre que ainda possam jogar na primeira divisão».

Hoeness sublinhou que o Barça gasta mais do que ganha há anos, distorcendo, na sua perspetiva, o mérito desportivo. Para o dirigente, o cenário catalão contrasta em absoluto com o caminho do Bayern. «Isso contrasta em absoluto com o controlo que temos no Bayern e com a nossa boa economia, que deveria ser um exemplo para todos os clubes da Europa», enfatizou.

O presidente honorário defendeu a estabilidade financeira e a gestão prudente dos bávaros, distanciando-se das «alavancas» financeiras usadas pelo Barça, que considera «manobras contabilísticas arriscadas». «Podemos orgulhar-nos de uma gestão sólida, com critérios económicos e uma qualidade desportiva que não depende de manobras financeiras», concluiu Hoeness, defendendo que as regulamentações restritas na Alemanha já teriam paralisado um clube com dívidas desta dimensão.