Selecionador nacional de hóquei em patins, Paulo Freitas, com discurso forte após três derrotas no Europeu (FPP)

«Portugal não defrontou Camarões ou Uganda», diz selecionador nacional

Técnico assume «incompetência» nos três jogos da fase de grupos do Europeu, mas ressalva «melhorias frente a Espanha e dá o mote para o que falta da competição: «Só temos de nos libertar, porque esta gente tem qualidade»

No final do jogo, o selecionador nacional Paulo Freitas não disfarçou o incómodo com a campanha de Portugal no Europeu, após a derrota com Espanha, esta quarta-feira. «Três jogos, três derrotas, é uma evidência. Não há como esconder. Mas amanhã [quinta-feira] estaremos cá para defrontar Andorra e passar às meias-finais, e na sexta-feira decidir o nosso futuro», começou por declarar o técnico, argumentando que «Portugal não defrontou os Camarões ou o Uganda».

«O que disse antes do Europeu, é que havia quatro candidatos ao título: Portugal, Espanha, Itália e França. Não fomos competentes, assumimos. Se não acreditar [no título] e não passar essa mensagem, mais vale irmos embora já. Essa é a mensagem que passo aos jogadores e eles têm de acreditar», acrescentou, na flash à RTP.

«Mas se quisermos falar de hóquei, este jogo foi já substancialmente diferente do de França, em que nos expusemos demasiado e cometemos muitos erros. Hoje, já fomos muito mais competentes em muitas coisas, mas é evidente que o processo mental ainda custa um bocadinho. Só temos de nos libertar, porque esta gente tem qualidade», concluiu.

Gonçalo Alves, capitão de Portugal, também está convicto de que a formação lusa superará as adversidades. «Não foi o início do Europeu que queríamos. Começa agora numa nova fase do Europeu, vamos estar de cara lavada contra Andorra, que deverá ser um jogo mais acessível, para estarmos nas meias-finais para lutar pela final. Estamos a sofrer muito por estas três derrotas.»