Rodrigo Mora marcou o golo da vitória ao Estoril
Rodrigo Mora marcou o golo da vitória ao Estoril - Foto: IMAGO

O plano do FC Porto para segurar Rodrigo Mora

Criativo de 17 anos ganha protagonismo e é crucial na manobra ofensiva da equipa de Anselmi. Tem renovação alinhavada quando atingir maioridade. SAD quer blindá-lo com cláusula de €100M e que o número 86 se torne uma referência no clube. Cotação dispara

Rodrigo Mora é a maior pérola da formação portista dos últimos anos e está a justificar (e de que maneira!) a aposta na equipa principal, pela qual se estreou esta época. 

Mais uma vez com papel decisivo na turma de Martín Anselmi, esteve em evidência no triunfo magro dos dragões no Estoril (2-1), tendo rubricado um golo carregado de magia. Foi o quinto do criativo na Liga, uma marca muito relevante. Com o tento apontado aos canarinhos, Mora tornou-se o segundo mais novo de sempre a atingir este registo, aos 17 anos e 10 meses.

Segundo dados do Playmaker, Mora superou duas figuras icónicas do futebol nacional, Fernando Chalana (17 anos e 11 meses) e Fernando Gomes (18 anos e oito dias), e fica apenas atrás de Guilherme Espírito Santo (17 anos e três meses), ex-futebolista do Benfica de que jogou nas décadas de 30 e 40 do século passado. 

O crescimento do número 86 não tem passado despercebido e a sua cotação no mercado dispara em flecha. O valor de mercado de Mora duplicou na mais recente atualização do Transfermarkt, de €10M para €20M, sendo agora o sexto mais valioso do plantel azul e branco. 

O jovem vai renovar com os dragões quando atingir a maioridade, em maio, e a SAD portista quer blindá-lo com uma cláusula de €100M, igual à de William Gomes

FICAR, CRESCER E SÓ DEPOIS SAIR 

Não passa pela cabeça do jovem atleta, nem da sua família, nem da SAD azul e branca, precipitar uma transferência para um tubarão europeu, sendo claro que o objetivo de todas as partes passa por prolongar a ligação e cimentar um estatuto de figura do clube. 

Um dos exemplos que vem logo à memória quando se fala de jogadores dos dragões que saíram demasiado cedo e acabaram por sofrer por causa disso é o de Fábio Silva, que reforçou o Wolverhampton apenas com 18 anos e 21 jogos pela equipa principal azul e branca. 

Caso distinto foi o de Rúben Neves, que consolidou o seu lugar no clube - chegou a ser capitão aos 18 (!) anos - e só depois mudou de ares, também para o clube inglês, com 93 jogos na equipa principal. 

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