Stale Solbakken com Erling Haaland (IMAGO)
Stale Solbakken com Erling Haaland (IMAGO)

Noruega ataca sorteio do Mundial: «Um espetáculo bizarro»

Presidente da Federação Norueguesa de Futebol também visou Prémio da Paz entregue a Donald Trump

A Noruega ficou num grupo no Mundial 2026 que se adivinha complicado, com França e Senegal os adversários confirmados, e Irão, Bolívia ou Suriname a lutarem pela última vaga num play-off. Mas após o sorteio, a cerimónia realizada pela FIFA é que foi um ponto de discussão e de críticas.

«Hoje acho que não consigo levar isto totalmente a sério. Temos de tentar manter-nos atentos, segurar a porta e trabalhar para que a FIFA se concentre no futebol e não nestas coisas», afirmou a presidente da Federação Norueguesa de Futebol, Lise Klaveness, à Imprensa norueguesa.

Desde o início da cerimónia até que se sorteassem os primeiros países além dos anfitriões, passaram 87 minutos. Antes, houve atuações musicais de Andrea Bocelli, Robbie Williams, Nicole Scherzinger e Lauryn Hill, assim como a entrega do Prémio da Paz da FIFA ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Algo que Klaveness também visou.

«Quando este prémio não tem critérios objetivos, nem júri, nem qualquer ligação à direção, corre-se o risco de ser uma forma disfarçada de politizar a organização», disse, «as partes ligadas ao prémio foram longas e desadequadas».

Stale Solbakken, selecionador da Noruguea, falou ao canal norueguês NRK e, sendo mais conciso, também criticou a organização de todo o sorteio: «Foi um espetáculo bizarro de muitas formas, tenho de ser honesto e dizê-lo.»