Benfica recebe o Boavista na 23.ª jornada da Liga.

Ninguém pára o Benfica há mais de 1000 dias

Engorda a série impressionante de jogos da águia a marcar na Luz em provas nacionais. Números gulosos para a equipa de Bruno Lage antes de três partidas seguidas em casa de Liga e Taça de Portugal

Lar doce lar. O Benfica é a melhor equipa do campeonato a jogar em casa e é precisamente em casa, e para a Liga, que enfrenta o próximo desafio, que dá pelo nome de Boavista, atual lanterna vermelha da competição.

Foi no Estádio da Luz, com um empate cheio de golos (3-3), que os encarnados carimbaram o passaporte para os oitavos de final da UEFA Champions League frente ao Mónaco, e é no Estádio da Luz que as águias têm dado mais alegrias aos adeptos, que continuam a ver golo após golo em jogos de Liga, Taça de Portugal e Taça da Liga.

Em dezembro, A BOLA deu conta da incrível série de jogos em casa a marcar em provas internas por parte dos encarnados e a verdade é que o ciclo continua vivo.

A última vez que o Benfica recebeu uma equipa portuguesa e não marcou foi a 7 de maio de 2022 (!). Há exatamente 1020 dias. Era a penúltima jornada da Liga 2021/22, o adversário chamava-se FC Porto e o resultado foi 0-1. Zaidu celebrou para os dragões, ao minuto 90+4, o golo da consagração do campeonato, com Nélson Veríssimo na liderança técnica dos encarnados, depois de substituir Jorge Jesus.

Pavlidis: 6 jogos seguidos a marcar na condição de titular
Vangelis Pavlidis tem registo assinalável em 2025, com nove golos marcados. E esses 9 golos foram precisamente marcados nas últimas seis partidas como titular. O ponta de lança grego ficou em branco com Casa Pia e Santa Clara, encontros em que saltou do banco dos suplentes na segunda parte. Pé quente, quando está no onze inicial, os números não poderiam ser mais claros para Lage.

Para 2022/23, chegaria o treinador alemão Roger Schmidt e a veia goleadora na Luz manteve-se intacta, continuando os encarnados a fazer golos em todas as provas internas em jogos no seu estádio.

O técnico alemão sairia logo no início da temporada em curso, com apenas quatro jogos realizados, entrou Bruno Lage, treinador português, e a série seguiu, intocável, até aos dias de hoje, com números ainda mais gordos, naturalmente.

Ao dia de hoje, o Benfica pode, pois, gabar-se da longevidade do seu recorde: há mais de 1000 dias que nenhuma equipa consegue deixar o palco encarnado sem ir buscar a bola ao fundo da baliza.

Realizaram-se 52 jogos no Estádio da Luz, tendo o Benfica vencido 46 deles, empatado quatro e perdendo dois. Um com o FC Porto, outro com o SC Braga (1-2), já na presente temporada, quando a equipa de Carlos Carvalhal viajou até Lisboa e derrotou as águias, por 2-1.

Trubin: média de (praticamente) um golo sofrido por jogo
Trubin regista praticamente média de um golo sofrido por jogo na presente temporada, com 34 golos sofridos em 35 encontros realizados pelos encarnados nas variadas competições. O guarda-redes ucraniano dos encarnados não sofreu golo no Mónaco (1-0) e nos Açores com o Santa Clara (1-0), mas não evitou, e com algumas culpas, três bolas na sua baliza na partida com os monegascos na Luz.

Foi, aliás, a única derrota caseira de Bruno Lage para o campeonato esta época, tendo o Benfica 11 jogos disputados, 30 pontos averbados (10 triunfos e uma derrota), contra os 29 de FC Porto (9 vitórias e dois empates), e 28 do Sporting (9 vitórias, 1 empate e uma derrota).

O Benfica, e porque é de golos que se trata, leva 153 remates com sucessos em 52 encontros, média de praticamente três golos por partida, o que é igualmente uma demonstração de força dos encarnados na condição de anfitriões.

O Boavista visita, pois, a Luz este sábado (18 horas) e nessa altura terão passado exatamente 1022 dias desde o último jogo em branco das águias, sendo a primeira de três equipas portuguesas que visitarão a Luz consecutivamente.

O calendário, de que Bruno Lage, treinador do Benfica, se queixa muitas vezes, tal o intervalo curto entre jogos, parece desta feita à medida dos desejos do técnico, que poderá conseguir combinar fator casa com o melhor momento da temporada do seu goleador, Pavlidis, para enfrentar as partidas referidas.

Depois do Boavista, segue-se SC Braga, nos quartos de final da Taça de Portugal, a seguir será a vez do Nacional, no palco das águias e em jogo de campeonato. E, muito provavelmente, sem ameaça de nevoeiro, mas de golos.