«Não cheguei ao Benfica na melhor fase»
AMESTERDÃO — Jan Vertonghen é um dos cinco jogadores que representaram Ajax e Benfica, equipas que na terça-feira se enfrentam na Johan Cruyff Arena, em Amesterdão, num jogo absolutamente decisivo nas contas da UEFA Champions League.
Em entrevista ao Ajax Showtime, o antigo central internacional belga, que encerrou a carreira no final da época passada, admitiu que é «doloroso» ver o Ajax - jogou nos neerlandeses entre 2006 e 2012 - numa situação tão crítica como a que vive o clube e lembrou também os tempos de águia ao peito, entre 2020 e 2022.
«Cheguei ao Benfica durante o período da pandemia de Covid-19 e demorou um pouco até que tudo voltasse ao normal. Não foi a melhor fase do Benfica [desportivamente], mas fiquei com um sentimento positivo, tanto em relação ao clube como à cidade de Lisboa», disse Vertonghen, que encontra várias similaridades entre os dois clubes.
«Ajax e Benfica são muito similares. São os maiores clubes dos respetivos países, têm as melhores academias de formação e adeptos muito exigentes. O Benfica perdeu vários jogadores importantes, também houve a mudança do treinador, mas, ainda assim, tem um plantel com muita qualidade», referiu.
«Espero um jogo aberto, com muita tensão e intensidade. É a última oportunidade para as duas equipas conseguirem fazer algo na Champions. Quem perder está fora, isso é claro. O Ajax terá de ser eficaz nas poucas oportunidades que vai ter», apontou sobre o encontro.
Sobre o Ajax, clube que diz «amar», o central referiu que a instabilidade que o emblema de Amesterdão atravessa impede que os resultados apareçam. «É doloroso ver o Ajax assim. Sempre que as coisas correm um pouco pior, deita-se tudo a perder. Há uma pressão constante vinda de fora que é prejudicial, penso eu, e nem sequer há tempo para se montar uma estrutura. As coisas com o Farioli correram bem porque ele foi capaz de se isolar disso», apontou ainda o ex-defesa sobre o atual treinador do FC Porto, que orientou a equipa dos Países Baixos em 2024/25.