Na chuva de críticas ao Milan, nem os equipamentos de €180 escapam
Mais desapontante, para vários adeptos do Milan, do que a derrota com a Lazio (1-2), a terceira consecutiva da equipa de Sérgio Conceição, foi mesmo o chamativo equipamento que o clube estreou no último domingo. Uma camisola com um vermelho mais claro do que o clube habitualmente utiliza, que termina com uma mancha verde, acompanhada de uns calções do mesmo tom de encarnado.
Vários adeptos da equipa recorreram às redes sociais para criticarem este quarto equipamento oficial da época, com a Curva Sud (claque do clube) em particular a denunciar este e alguns dos últimos equipamentos oficiais que o clube produziu.
«Sem respeito pelas tradições e pela história do nosso querido Milan. Aqui estão todas as obscenidades propostas ao longo dos anos pelos donos “Nascidos nos EUA”», denuncia a página da claque do Instagram, num story que também incluía equipamentos azuis, cor de rosa e preto com verde fluorescente, todos eles produzidos e lançados nos últimos anos.
📸 Curva Sud Milano on Instagram
— Milan Posts (@MilanPosts) March 3, 2025
« WITHOUT RESPECT FOR THE TRADITIONS AND HISTORY OF OUR BELOVED MILAN, HERE ARE ALL THE OBSCENITIES PROPOSED OVER THE YEARS BY THE “MADE IN USA” OWNERSHIP.
DISGRACEFUL! » pic.twitter.com/0ocdPvuiqQ
A Gazzetta dello Sport também recolheu testemunhos de vários adeptos do Milan que expressaram indignação pelo mesmo motivo. «Só por causa daquelas t-shirts obscenas merecem perder», disse um. Já o músico DJ Ringo, conhecido adepto da equipa, relacionou mesmo as cores desta camisola com as de Portugal: «Joguem com o ADN e a história do Milan, que é vermelho, e não com as cores (respeitosamente) portuguesas.»
Justificação das «cores pan-africanas»
Apresentados no último dia se São Valentim, os equipamentos foram produzidos graças a uma parceria entre o Milan, a PUMA e a Off-White, uma marca de moda italiana sediada em Milão e têm «cores pan-africanas para celebrar a excelência negra e simbolizar a unidade e o progresso», disse o emblema em comunicado
O primeiro equipamento, estreado frente ao Hellas Verona a 15 de fevereiro, é maioritariamente preto, cor «que se desvanece lindamente numa coloração verde poderosa na parte inferior, com logótipos em amarelo vivo e detalhes em vermelho na gola preta e nos punhos da camisola».
Já o segundo, usado este domingo contra a Lazio, «apresenta uma base vermelha que se desvanece numa cor verde forte com um brasão monocromático do AC Milan, gola e punhos com detalhes em amarelo vivo», apresentou também o clube.
Na parte interior do colarinho, está inscrito o número 63, representando o ano do século XX em que o Milan venceu a Taça dos Campeões Europeus pela primeira vez (numa final frente ao Benfica) e também o ano em que Martin Luther King fez o seu famoso discurso «I Have a dream» («Eu tenho um sonho»), durante o auge da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos.
As versões «autênticas» de ambos os equipamentos estão à venda no site da PUMA e custam 180€. Há também uma versão denominada de «Réplica» que se vende por 120€.
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