João José é o selecionador nacional - Foto: Federação Portuguesa de Voleibol

Mundial voleibol: «Temos de estar aqui mais vezes»

João José, selecionador de Portugal, satisfeito com prestação lusa, mas ciente de que há coisas a limar, já com o Europeu no pensamento

No final da derrota com a Bulgária nos oitavos de final do Campeonato do Mundo, que tem lugar nas Filipinas, em que Portugal perdeu em três sets, pelos parciais 25-19, 25-23 e 25-13, o selecionado João José reconheceu que há trabalho a fazer para fazer acertos, tendo em vista a participação no Europeu.

«Foi uma partida difícil em todos os aspetos, quer emocionalmente quer fisicamente. Conseguimos entrar forte no jogo, a Bulgária respondeu bem, acabámos por quebrar a meio do set e ficou difícil recuperar. Conseguimos manter o ímpeto no segundo set, bem focados naquilo que precisávamos de fazer - estávamos a fazer coisas bem, mas tínhamos que as fazer ao longo de mais tempo –, mas acabámos por quebrar no final e eles acabaram por fechar. No terceiro caímos um pouco, não conseguimos entrar fortes e acabámos por colapsar e seguiu de forma natural até ao final», resumiu o selecionador.

«Temos que querer estar aqui [Mundial] mais vezes. Temos que defrontar as grandes equipas, Cuba Estados Unidos e Bulgária para evoluir e estar aqui mais vezes. Temos que ambicionar voltar aqui. É extremamente difícil, agora que acabaram as qualificações e é tudo por ranking. Significa que temos que fazer as coisas bem durante mais tempo. Temos que continuar a pensar e planear e temos que perceber o que fizemos bem e aquilo que precisamos de melhorar para voltar a estar aqui. E o próximo Europeu é já uma oportunidade», acrescentou.

Recorde-se que Portugal chegou ao Mundial das Filipinas na 29.ª posição e, agora, após o afastamento nos oitavos de final o 23.º lugar.

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«Saldo positivo, ajuda-nos a subir no 'ranking'»

Alexandre Ferreira, capitão de Portugal, que somou alguns minutos no Mundial apenas no segundo set, depois de ter recuperado de uma lesão no ombro esquerdo, fez um balanço da prestação da equipa das quinas, em declarações à agência LUSA.

Alexandre Ferreira, à esquerda, com os árbitros e Aleks Grozdanov, capitão da Bulgária - Foto Federação Internacional de Voleibol

«É um misto de emoções o facto de não poder contribuir mais com a minha presença dentro de campo para a equipa. Deixa-me um bocado triste, não vou negar. Tentei ajudar ao máximo de fora. Obviamente é um campeonato do Mundo, estamos no topo dos topos, o palco mais alto em que podemos estar e o saldo é positivo, uma boa prestação, ajudou-nos a subir no ranking, dá a possibilidade de nos manter aqui e estar presente no próximo mundial e é nisso que nos temos que focar e dar mérito», começou por dizer.

«Temos que dar mérito ao adversário. Obviamente muito fortes no jogo. Acabamos por recuperar no segundo set em que se tivéssemos ganho a dinâmica poderia ter sido diferente. Mas, [a Bulgária] é uma seleção que está habituada a este nível e o aspeto físico deles é muito superior ao nosso», concluiu.