Mundiais de atletismo: Salomé Afonso termina em 12.º a final dos 1500 metros

Salomé Afonso entrou para a final dos 1500 m nos Mundiais de atletismo, em Tóquio, com o 12.º melhor registo entre as 14 finalistas e a décima melhor marca do ano (3.59,32), um tempo que ilustra um ano de crescimento e afirmação da benfiquista que persegue o recorde nacional (3.57,71) de Carla Sacramento, alcançado em Atenas, em 1997. E saiu exatamente no mesmo lugar, após percorrer a distância em 4.00,47 minutos.

A queniana Faith Kipyegon, recordista do mundo e atual campeã olímpica e mundial, com 3.52,15 minutos derrotou todas as adversárias, com a compatriota Dorcus Ewoi, com recorde pessoal de 3.54,92, e a vice-campeã olímpica da distância, a australiana Jessica Hull, com 3.55,16, fecharam o pódio.

Se lutar pelos lugares da frente seria antecipadamente uma miragem para a benfiquista, tal a superioridade do contingente queniano, como aliás ficaria provado no final, Salomé corria pela marca e para agradecer, como fez questão de salientar, o esforço de todos para que pudesses chegar a esta final, após o rocambolesco episódio das meias.

A final dos 1.500 metros foi alargada a 14 atletas, após a repescagem da lisboeta, de 27 anos, que, inicialmente ficou fora da da final, após o 10.º lugar (4.15,08 m) na segunda semifinal, na sequência de um choque com a alemã Nele Wessel. A italiana Marta Zenoni foi imediatamente desclassificada, por ter provocado o incidente, e, nas reações em cadeia, Wessel foi logo repescada, antes de Salomé Afonso também o ser, após recurso da exclusão inicial.

Salomé Afonso, atleta do Benfica vice-campeã de 1500 metros nos Europeus indoor Apeldoorn2025, e bronze nos 3000, foi a segunda portuguesa a disputar uma final, depois de Agate Sousa ter ficado em 6.º lugar, no salto em comprimento.