Luís Filipe Vieira, antigo presidente do Benfica
Luís Filipe Vieira, antigo presidente do Benfica. Foto: Rui Raimundo

MP abre inquérito a Vieira após queixa de difamação e denúncia caluniosa de Pedro Proença

Antigo presidente do Benfica acusou de aliciamento o presidente da Federação Portuguesa de Futebol

O Ministério Público (MP) instaurou um inquérito contra Luís Filipe Vieira por alegada difamação ao presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Pedro Proença, revelou o jornal Observador e confirmou A BOLA.

«Confirma-se a instauração de inquérito, o qual corre termos no DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] de Lisboa, e que teve origem em queixa apresentada por alegada difamação e denúncia caluniosa, esclareceu a Procuradoria-Geral a A BOLA.

Em causa estão as acusações do antigo presidente do Benfica contra Pedro Proença em entrevista ao canal Now. «Chegou a aliciar-me para determinado candidato [Nuno Lobo] não se candidatar [à FPF]. Tinha 15 mil euros de ordenado, carro e quando fosse para a UEFA, ele [Nuno Lobo] é que ficava como presidente. O que lhe disse? Vou ver», afirmou Vieira, que acusou Proença de não o querer, novamente, na presidência do Benfica.

«Não me quer no Benfica. Todos sabemos como o Pedro Proença chegou até aqui. Todos têm medo que ele os penalize nos jogos. Não vale tudo e comigo nunca vai brincar, que não se meta comigo que as coisas vão extremar e depois é pior para ele. Não fez nada na Liga, deixou a Liga com um prejuízo brutal», disparou o antigo presidente dos encarnados.

A FPF e Pedro Proença responderam no dia seguinte em comunicado: «A Federação Portuguesa de Futebol, e o seu Presidente, mesmo considerando e entendendo atuais contextos eleitorais, não admite que os seus nomes e a sua credibilidade sejam, sob qualquer pretexto, colocados em causa. Em conformidade com o exposto, a Federação Portuguesa de Futebol e o seu Presidente reservam-se ao direito de utilizar todos os meios legais disponíveis para defender o seu bom-nome, credibilidade e honorabilidade sempre que os mesmos sejam colocados em causa.»