Miguel Oliveira vai deixar a Pramac Yamaha, mas ainda quer mostrar serviço este temporada (IMAGO)

Miguel Oliveira não desacelera: «Estamos a mostrar competitividade crescente»

Piloto português enfrenta últimas corridas com a Yamaha e mantém esperança num futuro mais competitivo em 2026, encarando o GP do Japão com motivação redobrada

Miguel Oliveira parte para o Grande Prémio do Japão, 17.ª ronda do Mundial de MotoGP, este fim de semana, com o objetivo de dar continuidade aos sinais positivos das últimas corridas. O piloto português, atualmente na sua segunda temporada com Prima Pramac, estrutura satélite da Yamaha, está a viver as derradeiras provas com a marca japonesa, num ano marcado por desafios, mas também por progressos recentes.

Depois de conquistar dois nonos lugares consecutivos, em Barcelona e em San Marino, Miguel Oliveira chega ao circuito de Motegi com confiança reforçada. Ainda assim, não esquece que este é um momento especial - tanto pelo simbolismo da corrida como pela ligação que mantém com o Japão.

«Esta é uma corrida especial para mim, não só porque é o Grande Prémio em casa da Yamaha, com a Prima Pramac Yamaha, mas também porque estou fascinado por este país e fico sempre feliz por voltar. Fazer isso como piloto de um fabricante japonês torna tudo ainda mais especial», afirmou o piloto da Prima Pramac Yamaha, em declarações divulgadas pela equipa.

A visita à sede da Yamaha Motor Racing (YMR), em Iwata, reforçou esse sentimento de ligação com a marca. No entanto, a temporada de 2025 tem sido tudo menos fácil para o piloto de Almada, que ocupa atualmente o 21.º lugar no campeonato, com apenas 24 pontos somados.

«Senti o grande entusiasmo dos colaboradores da Yamaha durante a visita que fiz hoje à YMR. Espero que possamos continuar a dar seguimento aos nossos progressos recentes. Estamos a melhorar todos os fins de semana e a mostrar uma competitividade crescente, o que é uma enorme motivação.»

Época difícil, mas com sinais positivos

A temporada de Miguel Oliveira ficou, uma vez mais, marcada por contratempos. Lesões, problemas de adaptação à nova moto e falta de competitividade da Yamaha limitaram fortemente os resultados do piloto português, que chegou a falhar provas no início da temporada.

Ainda assim, os recentes Grande Prémios permitem vislumbrar alguma evolução técnica e superior desempenho de Miguel Oliveira aos comandos da moto, sinal de subida de forma do piloto, que se tem mostrado mais competitivo nos treinos e melhorado a performance em corrida, apesar de continuar distante dos lugares da frente.

Miguel Oliveira, piloto português
Miguel Oliveira, piloto português da Pramac Yamaha

Últimas corridas com a Yamaha

Com o futuro já traçado fora da Yamaha, Miguel Oliveira vive as últimas corridas ao serviço da marca nipónica. O próprio já havia deixado claro, de forma pragmática, que está em fim de ciclo: «Tenho mais duas corridas com a Yamaha. Não vale a pena estar a fazer filmes.» A frase, dita há semanas, resume o estado de espírito do piloto português: realista, mas focado em terminar a época com profissionalismo e dignidade desportiva.