A Seleção de andebol veio-nos visitar e não escapou aos desafios

Miguel Martins regressa à Seleção Nacional

Além do central, os laterais Gabriel Cavalcanti e Joaquim Nazaré e os 'pivots' Fábio Silva e Daymaro Salina são as novidades em relação à equipa que esteve no Mundial 2025

Os Heróis do Mar reúnem-se segunda-feira, em Lisboa, para preparar os dois jogos com a Polónia, da 3.ª e 4.ª jornadas do Grupo 8 de qualificação para ao Euro2026.

O central Miguel Martins é a principal novidade na convocatória da seleção portuguesa de andebol para os dois jogos com a Polónia, dia 13 em Gdansk e dia 16 em Odivelas.

O central foi ilibado num controlo antidoping positivo que o afastou do Mundial e agora, três semanas depois de ser autorizado a voltar à competição e aos treinos com efeitos imediatos, e após o levantamento da suspensão recebida em janeiro, na véspera da estreia nacional no Mundial, o central voltou às escolhas do selecionador Paulo Jorge Pereira.

Paulo Jorge Pereira, treinador da Seleção Nacional de andebol no Mundial 2025
Paulo Jorge Pereira, treinador da Seleção Nacional de andebol

Além do jogador dos dinamarqueses do Aalborg, os laterais Gabriel Cavalcanti e Joaquim Nazaré e os pivôs Fábio Silva e Daymaro Salina são as novidades face ao Campeonato do Mundo, no qual Portugal foi quarto colocado e teve o melhor resultado de sempre em fases finais de grandes provas.

De fora ficaram Francisco Costa, melhor jogador jovem do Mundial e lesionado por tempo indeterminado, Victor Iturriza, eleito como melhor pivot, Fábio Magalhães, Salvador Salvador e Alexandre Cavalcanti. «Há anos que tem sido recorrente o facto de ter de alterar a convocatória habitual nestas fases de qualificação. Esta é talvez a convocatória mais difícil de fazer desde que assumi a seleção em 2016, porque poderemos estar a falar de até oito indisponíveis, pois há dois atletas presentes na convocatória que ainda estão em processo de avaliação. Ainda que saibamos que há um conjunto de atletas que garante sempre que sejamos competitivos, estamos a exigir a jovens que qualifiquem Portugal para Europeus e Mundiais», alertou o técnico português.

Convocados

  • Guarda-redes: Diogo Rêma (FC Porto) e Gustavo Capdeville (Benfica)

  • Pontas: Diogo Branquinho (Sporting), Leonel Fernandes (FC Porto), António Areia (Tremblay, Fra) e Pedro Portela (Sporting)

  • Laterais: Gabriel Cavalcanti (Benfica), Miguel Oliveira (FC Porto), João Gomes (Sporting) e Joaquim Nazaré (Skjern, Din)

  • Pivots: Daymaro Salina (FC Porto), Fábio Silva (Benfica), Luís Frade (FC Barcelona, Esp) e Ricardo Brandão (FC Porto).

  • Centrais: André Sousa (ABC), Martim Costa (Sporting), Miguel Martins (Aalborg, Din) e Rui Silva (FC Porto)

«Espero que consigamos manter-nos competitivos, até porque não vamos jogar com uma seleção qualquer. A Polónia também tem ambições de se qualificar claramente e é, em teoria, a segunda melhor seleção deste grupo. Neste momento, ainda não sei muito bem como é que vamos jogar tendo em conta estas alterações», admitiu Paulo Pereira.

Joaquim Nazaré é um dos laterais direitos da Seleção (Miguel Nunes/ASF)

Portugal procura a quarta presença consecutiva em Europeus, nona do seu historial, na 17.ª edição do Euro que se realiza de 15 de janeiro a 1 de fevereiro de 2026, numa organização conjunta entre Suécia, Dinamarca e Noruega, tendo os três anfitriões e a campeã continental França no elenco dos 24 finalistas, ao qual acedem os dois primeiros colocados das oito poules de qualificação e os quatro melhores terceiros. 

A Seleção Nacional lidera o Grupo 8 com quatro pontos, em dois encontros, contra três da Polónia, segunda classificada, um de Israel, terceiro, e zero da Roménia, quarta e última classificada. «Temos de estudar as opções. Convém dizer que isto é também fruto de uma obrigatória restruturação das competições que tem de ser feita a nível internacional, porque há uma sobrecarga de jogos brutal para os atletas selecionáveis e não é por acaso que temos assistido por essa Europa fora à [considerável] quantidade de clubes que têm lesionados com gravidade. Não sabemos quando é que isto vai parar», advertiu o selecionador.