Lindsey Vonn está de volta e faz história aos 41 anos!

A esquiadora venceu o downhill da Taça do Mundo de St. Moritz pela quinta vez, mas há sete anos que não celebrava no mítico local. Ganhou 20 Globos de Cristal, 8 medalhas mundiais, 3 olímpicas e depois de se ter retirado, regressou cinco anos depois. Subiu ao pódio em março e 2830 dias depois e com um joelho novo voltou a vencer anunciando ao mundo que está de volta.

Lindsey Vonn protagonizou uma das descidas mais dominadoras da carreira, alcançando uma vitória esmagadora por 0,98 segundos no primeiro downhill feminino da Taça do Mundo da época olímpica de 2026, em St. Moritz.

A estrela da equipa norte-americana, de 41 anos, parou o cronómetro em 1.29.63, conquistando a sua 83.ª vitória na Taça do Mundo e a 44.ª em downhill. Este resultado torna Vonn na esquiadora mais velha de sempre a vencer uma prova da Taça do Mundo e assinala o seu primeiro triunfo desde março de 2018, quando venceu em Are, na Suécia.

Dores permanentes no joelho direito encurtaram a carreira de Lindsey Vonn, a norte-americana que é uma das melhores esquiadoras da história. Em 2019 abandonou a competição por questões físicas, mas após uma operação em que substituiu parte dos ossos do joelho direito por elementos de titânio, revelou sentir-se como há muito não acontecia. Regressou oito meses depois, fez de forerunner - testa a pista antes do início oficial das competições para confirmar que está tudo bem.

Sem problemas. a ex-companheira de Tiger Woods avisou que nunca se sentira tão bem. E, agora, Taça do Mundo de St. Moritz provou-o.

Ontem, Vonn não começou na liderança, mas virou a corrida de forma decisiva na segunda metade do percurso, onde o downhill é mais rápido e perigoso. A norte-americana registou os melhores tempos nos três últimos setores, atingiu uma velocidade máxima de 114 km/h e manteve o ímpeto nas zonas mais exigentes da pista suíça.

Assim que encontrou o seu ritmo, nenhuma adversária conseguiu igualar a sua aceleração ou a capacidade de manter a velocidade. A sua vantagem só aumentou à medida que as outras esquiadoras falhavam em aproximar-se.

«Trabalhámos muito para isto — não apenas eu, mas toda a equipa, desde o equipamento à preparação física», afirmou Vonn. «Sabia que estava a esquiar depressa, mas nunca se sabe ao certo até à primeira corrida. Acho que fui um pouco mais rápida do que esperava. Fiz uma ótima descida, mas também cometi alguns erros, o que me deixa entusiasmada. Concentrei-me em esquiar de forma limpa na parte mais inclinada e em levar a velocidade até ao fim, e resultou. Agora é manter o ritmo, gerir a energia e executar o plano novamente. Estou muito entusiasmada — especialmente para o super-G, porque aí estou a esquiar ainda melhor», explicou.

Quando colocou um ponto final na carreira, a atleta natural do Minnesota tinha vários recordes: era a mulher com mais vitórias em Taças do Mundo (82), ultrapassada depois pela compatriota Mikaela Shiffrin, era a esquiadora, em ambos os géneros, com mais vitórias em Taças do Mundo de downhill (43) e Super G (28), as mais rápidas da modalidade.

Conquistou 20 globos de cristal, prémio entregue aos campeões das várias disciplinas do esqui alpino e ao vencedor da classificação global a cada ano, outro recorde, e nos Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver 2010, tornou-se na primeira norte-americana a sagrar-se campeã olímpica de downhill.