Liga 2: inspiração do Farense estava no banco, a do Leixões não apareceu
O jogo entre Leixões e Farense, da 5.ª jornada da Liga 2, estava tão adormecido a meio da 2.ª parte que a chave para a vitória estava, para ambos os treinadores, no banco. E esta batalha foi ganha por Silas, muito sagaz na hora de mudar o xadrez e fazer o xeque-mate ao Leixões.
O Farense sempre assumiu a vontade de vencer, o que compensou vários erros que os leões de Faro cometeram no ataque, dado o caudal ofensivo que criaram.
Com jogadas muito incisivas e de poucos passes, o Leixões foi colocado em sentido desde cedo, com Lourenço Henriques a desviar de cabeça um remate de Assane Ndiaye (9'). Aos 17', Jaiminho atirou para defesa de Miguel Morro, que começou a ganhar destaque.
Balla Sangaré era muito solicitado com bolas longas dos colegas, a explorarem as costas da defesa, mas falhou noutros aspetos. Foi apanhado em fora de jogo numa jogada que acabou com um golo anulado de Marco Matias (27') e, mais à frente (48'), atirou fraco para Morro num lance promissor.
João Nuno Fonseca reconheceu que a estratégia não resultava e trocou Kanuric por Werton aos 35' e o brasileiro fez com que o Leixões terminasse a 1.ª parte por cima do adversário, ainda que sem criar muito perigo.
O intervalo não foi sinónimo de inspiração ofensiva, com as equipas a darem maior prioridade ao processo defensivo. Cláudio Araújo (63') e Serif Nhaga (64') ainda ameaçaram a baliza de Brian Araújo, mas faltou-lhes o discernimento de Dorregaray.
O reforço argentino entrou em campo aos 67' e só precisou de cinco minutos para se estrear a marcar pelo Farense, aproveitando uma defesa incompleta de Morro a remate de Rafael Teixeira.
Dorregaray não se ficou por aqui e já na compensação (90+2') assistiu um grande golo de Poloni, que com um disparo de fora da área garantiu a vitória algarvia. Estas duas equipas estão agora empatadas no campeonato, com sete pontos cada.