Lance Stroll ao volante do Aston Martin
Lance Stroll ao volante do Aston Martin - Foto: IMAGO

Lance Stroll foi o autor da última ultrapassagem com DRS na história da Fórmula 1

Sistema será substituído em 2026 por duas novidades técnicas que visam tornar as corridas mais dinâmicas e dependentes de estratégia: um sistema de aerodinâmica ativa, com asas dianteira e traseira ajustáveis, e um novo mecanismo de 'boost elétrico' chamado Manual Override Mode (MOM)

O piloto canadiano Lance Stroll foi o autor da última ultrapassagem assistida pelo sistema DRS na história da Fórmula 1.

O Grande Prémio de Abu Dhabi deste domingo foi a última corrida em que o sistema de redução de arrasto (DRS) foi utilizado na Fórmula 1, tendo sido introduzido no início de 2011. A honra de realizar a última ultrapassagem com DRS coube a Stroll, que superou Oliver Bearman na nona curva da última volta da corrida em Yas Marina.

Literalmente segundos antes, Nico Hülkenberg também utilizou o DRS para ultrapassar o seu colega de equipa Gabriel Bortoleto na reta antes da sexta curva. De resto, a última ativação do DRS em condições de corrida na Fórmula 1 foi feita por Andrea Kimi Antonelli na tentativa do italiano de ultrapassar Yuki Tsunoda pelo 14.º lugar em Abu Dhabi.

A partir de 2026, a Fórmula 1 vai abandonar o tradicional DRS (Drag Reduction System) — ou seja, já não existirá aquele sistema que abre a asa traseira para reduzir o arrasto e facilitar ultrapassagens em determinadas zonas da pista. No seu lugar, entram duas novidades técnicas que visam tornar as corridas mais dinâmicas e dependentes de estratégia: um sistema de aerodinâmica ativa, com asas dianteira e traseira ajustáveis, e um novo mecanismo de boost elétrico chamado Manual Override Mode (MOM).

Com a aerodinâmica ativa, os monolugares poderão alternar entre dois modos: o Z-mode, optimizado para curvas com maior downforce, e o X-mode, para retas, com menor resistência ao ar e maior velocidade de ponta — contribuindo para melhorar a eficiência e a agilidade dos carros.

Já o MOM permitirá ao carro perseguidor, quando estiver suficientemente próximo do adversário à frente, ativar um impulso extra de energia elétrica a partir da bateria, conferindo-lhe um ganho de potência temporário para tentar a ultrapassagem.

Esta combinação — de aerodinâmica adaptativa e gestão estratégica de energia — transformará a forma como se fazem as ultrapassagens: deixará de depender de zonas fixas de activação, como sucede hoje com o DRS, e passará a exigir mais relação com posicionamento, timing e gestão de recursos.