Condessa com a camisola que vestiu pela primeira vez com cinco anos (Foto A BOLA)
Condessa com a camisola que vestiu pela primeira vez com cinco anos (Foto A BOLA)

José Condessa: «O Benfica está melhor mas ainda não bem»

Uma análise um pouco mais aprofundada ao atual momento do clube da Luz

Condessa já se confessou como adepto do Benfica mas tem capacidade crítica sobre a equipa agora treinada por José Mourinho. «Não acho que esteja igual, está melhor do que estava, mas ainda não está bem. Na realidade, não se pode crucificar ninguém., nem o faço. Gosto de ter Mourinho à frente da equipa, mas não se podem esperar milagres. Por exemplo, tem de se dar tempo ao Richard Ríos. Vivi no Brasil, vi muitos jogos dele e é um jogador incrível. Mas é preciso ter em atenção que tem mais 43 partidas nas pernas do que todos os outros. Por exemplo, o meu pai conta-me que havia um jogador de nome Isaías que pegava na bola, chutava de longe e marcava muitos golos assim. Julgo que Ríos pode ser esse tipo de futebolista, tem essas capacidade», considera.  

Tem de se dar tempo ao Richard Ríos. Vivi no Brasil, vi muitos jogos dele e é um jogador incrível

Condessa é presença assídua no Estádio da Luz (Foto DR)

A estrela de Rabo de Peixe gostava de ver «uma aposta mais consistente nas camadas jovens» e reconhece que «o plantel não foi feito por Mourinho». Mas aponta alguns aspetos a melhorar. «Não se pode ter o mesmo respeito pelo Leverkusen que se tem pelo Casa Pia, apesar de toda a consideração que tenho por esta equipa. Leandro Barreiro e Enzo não devem jogar em simultâneo porque a equipa fica sem andamento ofensivo. O futebol praticado não deve ser apenas e só cruzamentos e ser o Dedic, o lateral direito, quem mais desequilibra. O Sudakov joga na linha, o Aursnes faz tudo e penso que deveria existir mais jogo entre linhas, alguém que tenha essa capacidade de desequilibrar em espaços curtos o norueguês pode ser o tal jogador. Tenho a convicção de que a equipa necessita de um dez clássico», diz quem desempenhou essa função quando jogou futebol 11, embora reconheça que tenha sido «alertado por Rúben Dias» que este início de época não seria fácil depois da participação encarnada no Mundial de Clubes.

José Condessa considera que falta alguém a jogar a dez no Benfica (Foto A BOLA)

Ainda sobre a alma benfiquista, Condessa não esquece os ensinamentos recebidos de José Henrique — «era o nosso treinador de guarda-redes» — e de António Simões. «Era o diretor da equipa na formação. Incrível a importância que o convívio que tivemos com eles para nos passar a mística e o que é o Benfica», garante.

Condessa com José Henrique, com quem conviveu no Seixal (Foto DR)