Jorge Fonseca volta a ser ouro em Antalya
Fim de semana de sucesso para Portugal juntando a prata conquistada por Taís Pina (-70 kg) e o bronze de João Fernando (-81 kg).
Dois anos depois de ter vencido na Turquia, Jorge Fonseca (15.º do ranking) voltou a subir ao lugar mais alto do pódio dos -100 kg no Grand Slam de Antalya ao derrotar Shady El Nahas (6.º), por ippon, no quinto combate de carreira entre ambos, agora com vantagem para o português, mas desta feita sem que o canadiano tenha aparecido no tatami devido a lesão.
Fonseca is on fire today! 🇵🇹
— Judo (@Judo) March 31, 2024
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Fonseca, de 31 anos, termina assim um dia como há muito não vivia em que venceu todos os cinco combates que realizou – na realidade quatro em seis rondas - no Antalya Sports Hall e, depois de cerca de meio ano marcado pela recuperação de duas lesões, arrecada a segunda medalha no espaço de um mês após no início de março ter sido prata no Grand Slam da Áustria.
Soma também mais 1000 pontos para os rankings mundial e olímpico, este que apura para os Jogos de Paris-2024, onde é 15.º e agora deverá passar a figurar no top-10 numa altura em que faltam apenas quatro provas para fechar a qualificação para o torneio na capital francesa, que acontecerá após o Mundial de Doha, 19 a 23 de maio. A próxima competição será o Europeu de Dubrovnik, a decorrer entre 6 e 7 de abril.
A última ocasião em que o judoca do Sporting tinha disputado uma final de um grand slam havia sido em junho de 2022, em Ulaanbaatar (Mongólia), na qual foi 2.º classificado. Em abril desse mesmo ano ganhara em Antalya – primeiro triunfo num slam -, onde volta a ser feliz. Foi a sua oitava final no Circuito e terceiro ouro, segundo num grand slam.
Isento da ronda inaugural, Fonseca, de 31 anos, começou por ter um primeiro combate desgastante face ao uzbeque Rustam Shorakhmatou (45.º), no qual foi penalizado com um segundo castigo a 57s do fim do tempo regulamentar, mas acabando por resolver o confronto com um ippon aos 1.03m do golden score.
Seguiu-se o sérvio Bojan Dosen (21.º), que também o levou ao desgaste de mais 1.01m de prolongamento, mas com o medalha de bronze nos Jogos de Tóquio-2020 a eliminar o adversário com três shidos, o último empurrando o rival para fora do tapete, tática normalmente pouco usada pelo pupilo de Pedro Soares, mas que terá sido aplicada por, já aos 30s do tempo suplementar, ter ficado limitado do antebraço do direito.
Nos quartos de final teve pela frente o neerlandês Michael Korrel (5.º), mais um judoca do top mundial, contra quem levou a melhor após 6.25m a novamente impor três castigos, mas desta vez tendo o português outro dois.
Por fim, na meia-final, assistiu-se a um interessante e intenso duelo, resolvido por ippon em apenas 1.47m, entre dois campeões do mundo. O atual, o russo Armam Adamian (10.º), e Jorge (2019 e 2021) onde o luso reconfirmou encontrar-se numa forma física a um nível que há muito não se via e que lhe permitiu ir passando combates prolongados quase sem quebras.