Jorge Braz 'da aldeia para o mundo' e uma homenagem em livro
A Arena Portugal, recentemente inaugurada na Cidade do Futebol, recebeu a apresentação do livro 'Jorge Braz, da aldeia para o Mundo', que conta a história de vida e profissional do selecionador nacional de futsal, Jorge Braz, pela conquista dos títulos europeu, mundial e intercontinental, entre outros resultados de excelência pela Seleção Nacional e pelo seu contributo para o crescimento da modalidade.
«Nós, consequentemente, também temos direito a uma medalha, mas os jogadores que têm de ter currículos, títulos e taças. Nós estamos cá para os servir e por isso o foco em mim. Eu, capa de livro, é algo que também fica para o futuro para recordar, quando for mais velhinho», declarou o técnico, agradado por contar com a presença de colegas de profissão, colaboradores da FPF e também amigos, familiares e conterrâneos.
Sem abandonar uma postura de humildade, Jorge Braz não escondeu a alegria por ver o seu percurso contado em livro, mas garantindo que «a viagem ainda não acabou» e sem pensar ainda no legado que deixou ao futsal português. «Isso é lá para a frente, quando terminar e sair. Claro que irá acontecer, mas não gosto de falar disso. Hoje, por vezes, esquecemos as origens de quem tanto trabalhou», recordando o seu antecessor, Orlando Duarte.
Afinal, a competição aproxima-se e, salienta, Portugal tem dois jogos para ganhar pela fase de qualificação para o Euro 2026. «Iniciamos a qualificação em Andorra, depois o jogo cá com a Holanda, que foi uma equipa que cresceu muitíssimo neste último campeonato do Mundo, eliminada pela Ucrânia. O primeiro jogo é sempre o primeiro jogo e temos de prepará-lo bem, o segundo vai ser duríssimo e de campeonato do Mundo», apontou, já focado em competir.
A sessão contou com cerca de uma centena de convidados numa plateia na qual se incluíam o presidente da FPF, Fernando Gomes, assim como Humberto Coelho, vice-presidente da instituição, e o também o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, antigo diretor da FPF e amigo de longa data de Jorge Braz, Pedro Dias, que transmitiu que «o que caracteriza o Jorge Braz é que é um líder a sério», lembrando as várias experiências competitivas que viveram.
Na assistência encontravam-se vários dos internacionais que, com Jorge Braz, conquistaram todos os títulos internacionais que constam das vitrinas do futsal português, tendo dois deles, André Sousa e André Coelho, aproveitado para enaltecer as qualidades profissionais e humanas do seu líder – o guardião considerou Braz «um pai» para si e para os seus companheiros de seleção e o fixo caracterizou-o como «um líder para nós e sobretudo um amigo».
Ligados ao futebol, também Diana Silva, internacional portuguesa que ainda esta terça-feira marcou os dois golos que permitiram a Portugal vencer a Chéquia e qualificar-se para o Euro 2025 em futebol feminino, e Hélder Postiga, antigo internacional por Portugal em futebol e atual colaborador da FPF precisamente para a área do futsal, consideraram o selecionador de futsal uma figura universal para a FPF e o desporto português.
«Para nós [a seleção nacional feminina] é fantástico acompanhar a sua história e do que ele fez até agora pelo desporto no geral. É muito e bom e gratificante para todos», indicou Diana Silva, ao passo que Postiga deu ênfase à sua personalidade. «Neste planeamento para o Europeu e o Mundial tivemos momentos interessantes, de alegria, de tristeza. É alguém que empresta uma paixão tremenda ao futsal», elogiou o antigo avançado.