Líder do balneário estrelista está confiante numa boa resposta da sua equipa diante dos verdes e brancos - Foto: Estrela da Amadora
Líder do balneário estrelista está confiante numa boa resposta da sua equipa diante dos verdes e brancos - Foto: Estrela da Amadora

João Nuno e o Sporting: «Ninguém me garante que se for a Alvalade com 10 defesas ganhamos o jogo»

Treinador do Estrela da Amadora garante uma equipa igual em si próprio no reduto do bicampeão nacional. As indefinições que os leões podem causar em termos estratégicos e os equilíbrios que os tricolores terão de ter. «Golos sofridos? Se me disser que fica 2-1 para nós assino já o papel», sublinha

O Estrela da Amadora tem, este domingo (18 horas), um teste de fogo, uma vez que a 12.ª jornada da Liga reserva uma deslocação ao terreno do Sporting, mas confiança é algo que não falta para os lados da Reboleira.

João Nuno, técnico dos tricolores, projetou, ao início da tarde deste sábado, o embate com os leões, garantindo que está à espera de dificuldades, mas ressalvando que a sua equipa vai manter a matriz que tem apresentado. Até porque, garante, o grupo está já numa fase de consolidação com os processos implementados desde a sua chegada ao clube.

«A equipa está cada vez mais identificada com as nossas ideias e os resultados também ajudam. Vimos de dois jogos a pontuar, apesar de não termos tido o resultado que queríamos com o Nacional [1-1, na jornada anterior], e vencemos um torneio de preparação [no reduto dos espanhóis do Valladolid] e isso também acaba por ajudar ao bom espírito de grupo. Estamos confiantes, eu gosto muito de desafios e vem aí um desafio grande. Por mim eram estes jogos todas as semanas. Mantivemos os nossos princípios, vamos competir da mesma forma. O que vai mudar é que o Sporting pode-nos empurrar para uma situação que não queremos, ou seja, defender mais, ficar mais perto da nossa baliza. Ninguém me garante que se for a Alvalade com 10 defesas vamos ganhar o jogo. Se me garantirem isso, posso pensar sobre isso. Mas não posso mudar num jogo o que ando a trabalhar há um mês e meio. Temos de ter muitos cuidados com o Sporting, que é o campeão nacional, mas não vamos mudar a nossa identidade. Isso iria fazer-nos andar para trás no processo. A nossa estratégia é pressionar, jogar e tentar ganhar o jogo», assumiu.

Desafiado a perspetivar o que o jogo poderá oferecer do ponto de vista tático, o líder do balneário dos amadorenses deixou a porta aberta a vários cenários: «Não preciso de fazer muitos elogios. O Sporting, o Benfica e o FC Porto são falados horas e horas todas as semanas nas televisões e eu estou aqui para me focar no Estrela da Amadora. Mas o Rui [Borges] tem feito um excelente trabalho, é campeão nacional, o Sporting está muito bem. Também tenho a dúvida de como é que o Rui vai defender, porque umas vezes é com cinco e outras com quatro. No jogo contra o Club Brugge, e se virmos no papel, o Sporting jogou em 4x3x3, mas não foi assim. A defender, foi com o Geny [Catamo] na linha de cinco. Vamos ver como é que o Estrela se vai apresentar, mas interessa mais a estratégia do que o número [de jogadores] em si. O Sporting por vezes defende com quatro, outras vez com três e outras com cinco, depende do jogo. Vamos perceber muito bem o posicionamento dos jogadores do Sporting, porque o facto de jogar o Pote ou o Geny também muda a forma como vamos defender. O Estrela está preparado para defender a quatro ou a cinco. Estamos prontos para as duas situações.»

João Nuno foi oficializado pelo Estrela da Amadora no dia 28 de setembro, sendo que nestes dois meses orientou a equipa em cinco partidas. O saldo é de uma vitória, um empate e três derrotas, mas em todos os jogos houve um denominador comum: os golos sofridos. Sob a orientação do novo técnico, os amadorenses já consentiram 11 tentos (marcaram 9), pelo que esse processo está a ser devidamente trabalhado. Mas João Nuno até nem se importa de sofrer em Alvalade, desde que a sua equipa... ganhe. «Vamos para o sexto jogo, temos sofrido sempre golos e isso é algo que temos claramente de melhorar. Permitir menos oportunidades aos outros e defender muito melhor. Estamos à procura de encontrar maior equilíbrio no momento em que estamos a atacar. Mas se me disser que será 2-1 para nós assino já o papel», concluiu.