Golo de Dalot não chegou para Amorim bater Nuno Espírito Santo
Um duelo muito português acabou com um ponto para cada lado. O Manchester United, com Bruno Fernandes e Diogo Dalot no onze, começou a vencer, mas um golo de Magassa valeu ao West Ham, de Nuno Espírito Santo, que colocou Mateus Fernandes a titular, o empate a uma bola, em duelo da jornada 14 da Premier League.
O jogo começou com poucas oportunidades de perigo, o Man. United com mais bola, mas cedo permitiu o crescimento do West Ham, mais vertical e mais forte nas bolas divididas. Pertenceu, porém, aos red devils o primeiro remate à baliza do encontro: uma bola a enrolar de Mbeumo que obrigou Areola a voar.
Foi nesse momento que abriu a porta do perigo, com oportunidades de golo de parte a parte. Wan Bissaka, que esteve várias vezes em jogo com cortes decisivos, impediu, em cima da linha, que Zirkzee abrisse a contagem, num lance em que, na recarga, Bruno Fernandes esteve perto de fazer um golaço. Responderam os hammers que, numa transição rápida, quase permitiam que Jarrod Bowen se isolasse na área, mas Luke Shaw cortou o passe de Wilson. Logo a seguir, novamente Wan Bissaka, agora a deslizar para impedir que Matheus Cunha rematasse e, no contra-ataque, Shaw impediu que o disparo de Bowen tivesse potência suficiente para bater Lammens.
Tudo isto no espaço de 11 minutos em que o United, apesar de melhor, não conseguiu desatar o nulo. Tal estava reservado para a segunda parte, logo no primeiro disparo enquadrado após o descanso. Diogo Dalot estava no sítio certo à hora certa para receber a bola e, em movimento de rotação, colocou-a onde não estava ninguém. Em encontro tão português, foi o internacional luso a abrir a contagem.
Em vantagem e com mais bola, Ruben Amorim quis fechar as portas da baliza. Ugarte entrou para ocupar o lugar ao lado de Casemiro, Dorgu ocupou o lugar de Dalot e Mount rendeu Matheus Cunha, recém-retornado de lesão. O United conseguiu ter mais bola mas, como em todo o restante encontro, permitiu uma ou outra transição adversária, em momentos esporádicos. Mas um deles revelou-se... fatal.
Ao minuto 84, Bowen, na sequência de um canto, obrigou Mazraoui a cortar em cima da linha. Só que a bola sobrou para Magassa, que, na recarga, gelou Old Trafford. Um golo que empatava a partida, numa altura em que Amorim já não tinha opções atacantes para colocar em campo. O West Ham não baixou os braços e Bowen ainda cruzou para zona perigosíssima, onde apareceu Diallo para cortar para fora. A compensação foi de maior insistência para o Man. United, que, ainda assim, não conseguiu chegar ao golo da vitória.
Quarto jogo sem vencer nos últimos cinco para o Manchester United, que desperdiçou, assim, a oportunidade de chegar aos lugares de acesso à UEFA Champions League. A equipa de Ruben Amorim teve mais bola, rematou mais mas voltou a mostrar-se pobre em criatividade e em soluções. O West Ham, não sendo superior, soube esperar pelo Manchester United, jogar na transição e foi tremendamente eficaz, ao fazer, no único lance em que acertou na baliza na segunda parte, o golo do empate.