Kiwior, defesa polaco do FC Porto (Foto: FC Porto)

FC Porto: «As memórias que tenho do Dragão não são boas, mas vão mudar»

Jakub Kiwior falou sobre a mudança para o FC Porto num vlog da seleção polaca. Da indefinição que antecedeu a transferência aos conselhos de Bednarek, o central contou tudo

Após ter sido apresentado como reforço do FC Porto, Jakub Kiwior juntou-se à concentração da Polónia e falou sobre todo o processo que culminou com a sua transferência para o Dragão.

Referindo-se ao clube azul e branco como «uma grande organização», o defesa de 25 anos levantou o véu sobre o teor das conversas que foi tendo com o compatriota Jan Bednarek e sublinhou a necessidade de criar boas memórias na nova casa. «Já perdi dois jogos no Dragão, as minhas memórias não são boas, mas agora isso vai mudar», afiançou Kiwior, titular na derrota (1-0) do Arsenal no reduto do FC Porto, em 2024 — quando Galeno marcou aquele golaço... —, e na goleada que a seleção polaca sofreu (5-1) contra Portugal, em novembro do ano passado.

As primeiras impressões no novo clube deixaram sensações positivas. «O FC Porto é uma organização de alto nível. Estou curioso para descobrir mais. Estive com o Bedi [Bednarek] quando estava a tirar sangue nos exames médicos. Ele falou-me de muitas coisas sobre o clube a cidade. Espero poder passar muito tempo com ele em campo», referiu o central, que também pode atuar como lateral-esquerdo. «O FC Porto deu-me três camisolas da minha apresentação. Disseram-me que era uma lembrança para pôr num sítio especial em casa. E eu disse-lhes: 'É bom estarem a decorar já a minha casa, mesmo que ainda não a tenha'», brincou o jogador, entre sorrisos.

A indefinição na despedida do Arsenal

Entre o arranque das negociações entre FC Porto e Arsenal e a conclusão da transferência de Kiwior vários dias passaram, o que levou a que o defesa sentisse na pele a indefinição em relação à despedida do clube londrino. «Foi difícil dizer adeus ao Arsenal, porque não soube quando é que realmente ia acontecer. Se tivesse sabido de antemão o dia certo, teria tido tempo para preparar-me. Nos últimos três dias lá, não sabia qual é que seria realmente o último. O Fabrizio Romano lançou o 'here we go' e comecei a receber dezenas de mensagens e chamadas a darem-me as felicitações. Estava a começar o treino... Os jogadores viram nos telemóveis e perguntaram-me porque é que me tinha equipado se já estava fechado», detalhou Kiwior.

«Recusei-me a dizer adeus ali, porque ainda não tinha informação sobre o que podia, ou não, acontecer. No dia seguinte voltei já a saber que podia dizer adeus. Fui ao relvado despedir-me dos meus colegas e do treinador [Mikel Arteta]. Fizeram um túnel de despedida e foi duro... Não estava lá toda a gente de quem me queria despedir, ainda tive de fazer algumas chamadas», revelou o agora jogador do FC Porto.

Os sorrisos trocados com uma lenda portista

Ao chegar à concentração da Polónia, agora orientada por Jan Urban, Kiwior encontrou uma lenda do FC Porto: Josef Mlynarczyk, dono da baliza azul e branca aquando da conquista da Taça dos Campeões Europeus de 1987. No vlog divulgado pela federação polaca, é possível ver o antigo guarda-redes trocar algumas palavras com o reforço dos dragões.

Logo depois, Mlynarczyk partilhou um momento de boa disposição com Kiwior e Bednarek e solta um «tantos portistas!»... em bom português.

Mlynarczyk à conversa com Kiwior na concentração da seleção polaca

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