Eberechi Eze foi o herói do Arsenal com um 'hat trick'
Eberechi Eze foi o herói do Arsenal com um 'hat trick' - Foto: IMAGO

Exibição de Eze ofusca magia de Richarlison: Arsenal goleia Tottenham

Grande golo do avançado dos 'spurs' foi um dos dois remates à baliza dos visitantes em casa do rival. Eberechi Eze marcou três dos quatro golos do Arsenal no dérbi do norte de Londres, numa das melhores prestações do líder da Premier League em 2025/26

Reação era palavra de ordem para ambas as equipas, que entravam para este jogo após empate a dois golos na última jornada — o Arsenal frente ao Sunderland, o Tottenham contra o Manchester United. E se uma equipa soube fazê-lo, a outra... não conseguiu. Os gunners receberam e venceram os spurs por 4-1 no dérbi do norte de Londres da jornada 12 da Premier League.

Sem Gabriel e Gyokeres, ambos lesionados, o Arsenal apresentou-se com Hincapié na linha mais recuada e, na frente, Mikel Merino. O espanhol foi decisivo no momento de abrir o marcador, mas isso só aconteceu aos 36'. 3 minutos bastaram para que Eze, o verdadeiro homem do jogo, isolasse Rice, que rematou à figura de Vicario. O Tottenham, que atacou esta partida em 3x4x3 e com João Palhinha a partilhar o meio-campo com Bentancur, foi conseguindo parar as tentativas de explorar a profundidade do adversário, mas as incursões interiores dos gunners foram sempre um problema e, mais que isso, foi gritante a falta de criatividade: o primeiro remate dos spurs no encontro surgiu apenas aos 55 minutos.

A muralha do Tottenham aguentou até ao minuto 36, quando Merino, posicionado a ponta de lança mas médio de origem, baixou para o meio-campo e, entre linhas, teve espaço para receber, virar-se para o jogo e, com um passe sensacional, isolar Trossard. O remate do belga na área sofreu um desvio em Van de Ven e passou por Vicario. Cinco minutos depois, foi a vez de Eze abrir o livro pela primeira vez, com remate em espaço curto após passe de Rice, que levava os gunners para o descanso com dois golos de vantagem.

Havia demorado a chegar o golo anfitrião, que muito o justificava perante o controlo que demonstrou no primeiro tempo. Essa falta de capacidade de criar perigo foi visível para todos e também para Thomas Frank, que, logo ao intervalo, colocou o criativo Xavi Simons e tirou Danso. Desfez os três centrais, colocou a equipa em 4x2x3x1 e apontou a recuperar da desvantagem.

Não demorou a haver golo depois da substituição. Só que foi... do Arsenal. Os líderes da Premier League voltaram a todo o gás, apanharam, como várias vezes até então e também depois, espaço livre à entrada da área e Eze fez, 35 segundos após o pontapé de saída, o 3-0 para o Arsenal, segundo da conta pessoal.

Aos 55 minutos, os homens da casa tinham três golos marcados. Os visitantes tinham zero... remates. Nada parecia abalar o regresso às vitórias dos gunners, que nem permitiam aproximações à baliza. Isso não foi impeditivo de Richarlison fazer magia, com um golo do meio-campo que reduziu a desvantagem para dois golos e que será, certamente, candidato a um dos golos do ano.

Um golaço que não fez tremer o Arsenal, que, além da capacidade própria para continuar a controlar a partida, soube aproveitar a incapacidade do Tottenham. Para os spurs adequava-se a metáfora da manta: quando tentava esticar mais um pouco no ataque, 'destapava' a zona defensiva, que se sujeitou — e muito — às transições adversárias. O xeque-mate veio de um lance assim: defesa descompensada, Trossard recebeu de Merino, serviu Eze e o inglês fez o hat trick. 4-1 foi o resultado final, numa demonstração de força do líder da Premier League, que rubricou, frente ao rival, uma das melhores exibições de 2025/26.

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