«Estamos a entrar com um Fiat Uno numa corrida de Ferraris»
Rui Abreu, presidente do Paços de Ferreira, admitiu que o plantel ainda não está fechado, afirmando que o objetivo passa pela manutenção no segundo escalão. O dirigente comparou a Liga 2 a «uma corrida de Ferraris».
«Não está fechado, ainda estamos à procura de guarda-redes e de um ponta de lança. Poderão existir mais entradas, dependendo de saídas», afirmou, em declarações à agência Lusa, revelando que a construção do plantel resulta de um modelo de decisão partilhada entre scouting, equipa técnica e direção.
«É um projeto criado a três cabeças, digamos assim: entre o departamento de scouting, responsável pela identificação dos jogadores, a equipa técnica, a quem compete validar os aspetos técnicos e táticos, e a direção, que faz a validação do ponto de vista financeiro. Acreditamos que o plantel, não sendo exuberante, permite desfazer alguns desequilíbrios que existiam e nos pode dar tranquilidade mais cedo. O objetivo é unicamente a permanência», referiu.
Rui Abreu disse ainda que o calendário não foi amigo dos pacenses.
«Tivemos um bocadinho de azar no sorteio. A meu ver, apanhamos nas três primeiras jornadas os três principais candidatos à subida [Vizela, Académico de Viseu e União de Leiria], e será um início complicado. O Vizela é uma equipa que desportivamente esteve muito bem no ano passado. Só não subiu de divisão por causa de um autogolo no penúltimo jogo. Mantiveram uma parte significativa do plantel, reforçaram-se com muita qualidade. Vai ser um duro teste logo na primeira jornada», apontou, deixando uma mensagem aos adeptos.
«Durante os 90 minutos tem de haver apoio à equipa, porque é o Paços que joga. As pessoas têm de perceber que estamos a entrar com um Fiat Uno numa corrida de Ferraris», rematou.
O Paços de Ferreira arranca a Liga 2 com a receção ao Vizela.