Do WorldTour à falência: equipa francesa à beira de desaparecer
A equipa francesa Arkéa-B&B Hotels não apresentou o pedido de licenciamento junto da União Ciclista Internacional (UCI) para a próxima temporada e arrisca-se a abandonar o pelotão profissional, por falta de investidores. A confirmação foi feita esta pelo diretor-geral da formação, Emmanuel Hubert, em declarações à AFP.
«Não apresentei nada à UCI, porque não tenho qualquer carta ou qualquer outra declaração de intenções por parte de investidores. Está muito complicado», reconheceu Hubert, que já comunicou a situação aos elementos da equipa.
O prazo para a entrega dos pedidos de licença termina esta quarta-feira e a ausência da Arkéa-B&B Hotels da lista de candidaturas marca um provável ponto final na história de uma estrutura com duas décadas de existência.
Fundada em 2005 sob o nome Bretagne-Jean Floc’h, a equipa foi crescendo no panorama internacional até alcançar o estatuto WorldTour, o mais alto nível do ciclismo mundial. Atualmente, a estrutura bretã conta com cerca de 150 trabalhadores, repartidos entre a equipa masculina do WorldTour, a formação feminina e um conjunto de desenvolvimento masculino.
A falta de novos patrocinadores, contudo, tornou inviável a continuidade. «Sem garantias financeiras, não há projeto possível», lamentou o dirigente.
O futuro da equipa estava em causa desde final de junho, quando os dois patrocinadores anunciaram que iriam deixar de apoiar a formação gaulesa, com Emmanuel Hubert a não conseguir encontrar novos investidores, que teriam de garantir um financiamento entre 20 e 30 milhões de euros. Resta agora uma possibilidade remota de a estrutura continuar como equipa amadora.
Esta temporada, a equipa somou nove vitórias, cinco delas obtidas por Kévin Vauquelin, uma das revelações do ciclismo francês e sétimo classificado na última Volta a França. O jovem corredor, de 24 anos, já confirmou a sua transferência para a Ineos Grenadiers a partir de 2026.