Di María despede-se do Benfica no Mundial de Clubes (foto: Imago)

Dez momentos marcantes de Di María no regresso ao Benfica

Da euforia do olá à emoção do adeus, o extremo argentino foi cabeça de cartaz no Estádio da Luz nas duas últimas temporadas. Desde 'hat tricks' até golos olímpicos, não faltaram lances para emoldurar

Duas temporadas depois de ter regressado ao Benfica, Di María vai abandonar as águias para reforçar o Rosario Central, após o Mundial de Clubes. No total, Fideo soma 47 golos e 47 assistências em 200 jogos distribuídos por cinco épocas de águia ao peito.

Na segunda valsa ao serviço encarnado, mesmo com mais de 35 anos, Di María acumulou momentos marcantes. O pé esquerdo continuou afiado e decidido a recompensar todos os adeptos que pagaram bilhete para vê-lo espalhar magia ao vivo, de Norte a Sul e até fora de Portugal.

Desta forma, A BOLA reuniu dez momentos, que se passaram dentro ou fora de campo, que celebrizaram a segunda passagem de Di María pela Luz.

Receção em apoteose para começar segundo ato encarnado

Euforia benfiquista para celebrar o regresso de Di María. Sérgio Miguel Santos

Após as oficializações legais necessárias, a 6 de julho de 2023, Di María foi reapresentado como jogador do Benfica. O campeão do mundo pela Argentina foi recebido na varanda da porta principal do Estádio da Luz, rebatizada por um dia como porta 11 Di María, por milhares de adeptos. O encanto de uma massa associativa que tinha festejado a conquista da Liga dois anos antes, aumentou a expetativa quanto à época que se adivinhava.

Primeiro prato? Golo contra o rival

Di María antes do 1-0 (IMAGO)

Quis o destino que o primeiro golo da época 2024/25 fosse da autoria de Di María. Aos 61' da final da Supertaça frente ao FC Porto, o avançado argentino recebeu um passe açucarado de Kokçu e inaugurou o marcador com um remate em arco. O festejo em forma de coração não deixou dúvidas: Fideo estava de volta a Portugal.

Di María 2 FC Porto 0

Numa noite quente de setembro, a escaldar devido a um Clássico que valia a liderança, Di María voltou a ser decisivo frente aos azuis e brancos. Após 65 minutos bastante presos, o campeão mundial desatou um nó com um remate feliz que sobrevoou Diogo Costa. Dois clássicos, dois golos do extremo argentino.

E porque não um golo olímpico?

A 12 de dezembro de 2023, o Benfica jogava a continuidade nas competições europeias frente ao Salzburgo. Pouco habituado a ceder sob pressão, Di María inaugurou um marcador diretamente da bandeirola de canto. Um golo olímpico que iniciou uma noite para mais tarde recordar.

Di María e Benfica: a história de amor continua

Di María no momento da renovação (Foto: SL Benfica)

Apesar de ter namorado a ideia de regressar ao Rosario Central após uma época na Luz, Di María decidiu permanecer de águia ao peito, devido a dúvidas em relação às condições de segurança que iria encontrar na Argentina. O Benfica oficializou a renovação e os adeptos rejubilaram: após 17 golos e 13 assistências em 2023/24, a lenda de Fideo de águia ao peito ia continuar a crescer.

Juntos: um clássico

Nova época, a mesma presa. Ainda com a humilhação (0-5) sofrida no Estádio do Dragão na segunda volta de 2023/24 bem presente na memória, o Benfica reencontrou-se com o FC Porto em novembro de 2024 empenhado em vingar-se. Já na segunda parte, Di María recolocou o Benfica em vantagem (2-1) e selou uma vitória épica por 4-1. A festejar ambos os golos, o extremo argentino substituiu o coração pelo abraço: juntos era a palavra de ordem.

Tri María para a eternidade

Para muitos uma simples 4.ª eliminatória da Taça de de Portugal, para Di María uma tela por coloririr às custas Estrela da Amadora. Entre um slalom e um lance de classe, o extremo argentino foi de bicicleta para um dos melhores golos de carreira. Obra de arte concluída: hat trick nos primeiros vinte minutos de jogo.

Segundo troféu contra o rival eterno

Di María com o clã argentino (instragram-@angeldimariajm)

A 11 de janeiro de 2025, a defesa de Trubin a um penálti decisivo marcado por Francisco Trincão espoletou a festa encarnada em Leiria. O Benfica conquistava a Taça da Liga, a terceira do currículo de Di María, que conquistou o segundo troféu da segunda passagem pela Luz.

O início do fim em terras milionárias

Di María lesionou-se na coxa esquerda no jogo com o Mónaco, em Monte Carlo
Di María lesionou-se na coxa esquerda contra o Mónaco Foto: IMAGO

Três meses depois, o Benfica e Di María regressaram ao Mónaco, mas com sortes diferentes. As águias voltaram a ganhar 1-0, mas o extremo argentino precisou de ser substituído, vinte minutos depois de ter entrado. Os problemas físicos atacaram em força Fideo, que faria apenas oito jogos nos três meses seguintes, sem o fulgor dos dois anos anteriores.

As lágrimas do fim

Di María desolado após a derrota do Benfica na Taça de Portugal (Miguel Nunes)

Já depois de ter sido opção a partir do banco no jogo que confirmou o fim do sonho do título para o Benfica, Di María foi suplente na final da Taça de Portugal frente ao Sporting e apenas entrou em campo no prolongamento. Ainda assim, as lágrimas que deixava cair copiosamente no final da partida refletiam o que os benfiquistas mais temiam: o fim estava próximo.