Destaques de Portugal: os pais CR7 e Pepe, o filho Conceição e o Neto, Pedro
DIOGO COSTA (6) — Nem uma defesa para o registo, quanto mais para a fotografia. Espectador na primeira parte, viu-se em apuros por duas vezes na segunda, uma por conta do golaço de Provod, outra num tiro de Soucek (82’), mas em que a bola saiu ao lado.
RÚBEN DIAS (7) — Tem alma de capitão e será, num futuro não muito distante, um dos generais da Seleção. Em Leipzig, além da nota alta a defender — destacando-se o corte nas alturas a lance de perigo de Sevcik (82’) — ainda se destacou como... extremo. Surgiu, ainda, na zona de remate (22’).
PEPE (7) — Eis, senhoras e senhores, o mais velho futebolista de sempre em Europeus. Dito isto, o pior mesmo é... acreditar. Sim, seja qual for a fonte, todas indicam que Pepe tem 41 anos, mas o general que se vê em campo não pode ter essa idade, tal a frescura que evidencia, a velocidade que ainda alcança e a capacidade de impulsão e de ataque aos adversários. Incrível!
NUNO MENDES (5) — E, sem aviso prévio, eis que recebeu a missão de ser o central mais à esquerda da linha de 3, numa das grandes surpresas proporcionadas por Roberto Martínez na noite de Leipzig. A experiência, porém, não foi bem sucedida. Nuno nunca se adaptou, revelou raro nervosismo e poucas coisas lhe saíram bem, sobretudo no momento da definição. Tentou de longe, aos 17’, e acabou por ter intervenção no 1-1, cabeceando para a zona onde Hranac desviou para a própria baliza.
DIOGO DALOT (6)— Fundamental no reencontro de Portugal com a sua melhor imagem, depois de dez minutos iniciais de algum desacerto, sobretudo defensivo. Dalot respondeu com garra e uma entrega ímpar.
VITINHA (7) — Pode ter, aqui e ali, uma falha ou outra, às vezes de perceção, outras de definição, mas, cada vez mais, deixa em campo uma certeza: não sabe jogar mal, facto a que acrescenta uma dinâmica e uma visão de jogo, quer a defender, quer a atacar, muito acima da média, numa espécie de sonho para qualquer treinador ou equipa. Destacou-se ao minuto 32, com um remate em arco para grande defesa de Stanek; logo a seguir (33’), quando recebeu bem o passe mágico de CR7 e quase fez o 1-0; e, por fim (78’) com um tiro potente, para nova defesa de luxo.
BRUNO FERNANDES (7) — Longe de ter sido uma das suas melhores exibições pela Seleção, a de Leipzig com a Chéquia não deixou de ter a excelência do terceiro general desta equipa — só superado na longevidade por CR7e Pepe. E que beleza é ver Bruno_(quando sente que é preciso... espalhar brasas), cavalgar campo fora, conduzindo a bola com garra e eficácia, carregando os companheiros com ele. Deixou coração, alma e pele em campo.
JOÃO CANCELO (6) — Outra surpresa de Martínez pela posição em que surgiu. Ou melhor: pela ausência dela. Foi cavaleiro errante, o mais livre taticamente, ora surgindo na esquerda, ora na direita, mas sobretudo no miolo, numa espécie de número 10, ou médio à Pep Guardiola. Fê-lo longe da perfeição, mas com muita competência e destacou-se com belíssimos passes na vertical, que geraram perigo.
BERNARDO SILVA (6) — É sempre um dilema qualificar Bernardo quando a sua exibição não deslumbra. Mas vamos a isso: fez tudo bem, mas... não fez a diferença, tendo denotado falta de poder para desequilibrar. Ensaiou um belo remate aos 72’, mas viu o golo ser-lhe negado pelo gigante Stanek.
CRISTIANO RONALDO (7) — Que jogo! E que combatente continua a ser aos 39 anos, sentindo a camisola da Seleção como poucos, lutando até ao limite por cada lance, oportunidade ou bola. Teve, porém, nesta entrada no seu sexto Europeu um rival à altura: o guarda-redes Stanek, que lhe negou o golo em três ocasiões (32’, 45+1’ e 58’), na primeira com uma enorme defesa, com o pé e, depois, com uma palmada no esférico.
RAFAEL LEÃO (5) — Primeiros minutos sob fogo intenso e com grandes acelerações. A chama, porém, foi-se apagando, por conta de ter falhado muito na hora de definir.
DIOGO JOTA (6) — Entrou a todo o gás e, aos 87’, celebrou golo. No lance, porém, Ronaldo estava fora de jogo.
GONÇALO INÁCIO (6)— Em cheio a opção de lançá-lo. Três centrais tem de ser com o esquerdino.
PEDRO NETO (7) — O mais contestado dos eleitos de Martínez, entrou, fez uma diagonal e assistiu Conceição para a explosão de alegria.
NÉLSON SEMEDO (-) — Entrou a tempo de celebrar em campo.
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