David Neres a agitar, centrais a vê-los passar: as notas do Nápoles

Ex-Benfica ainda deu trabalho a Dahl e chegou a pôr Trubin à prova. Atrás, Beukema saiu ao intervalo, Buongiorno adormeceu no 1-0 e Rrahmani facilitou com Barreiro no segundo golo

Espaço de sobra para jogar, o que é de estranhar com Antonio Conte ao leme, e bolas despejadas sem critério na segunda parte ajudaram a ditar a sentença napolitana.

Milinkovic-Savic começou bem, com uma palmada que negou o 1-0 a Ivanovic, mas, pouco depois, deu de bandeja para Aursnes desperdiçar. Desamparado no golo inaugural, fica a dúvida se não estaria desatento no desvio subtil de Barreiro. Ainda disse não a Pavlidis em duas ocasiões.

À frente do guardião sérvio, três centrais com noite para esquecer. Beukema andou perdido pela meia-direita e foi rendido ao intervalo, Buongiorno 'desistiu' de acompanhar Ríos no primeiro golo e ficou à nora no segundo, que abordou de forma lenta. Nesse mesmo lance, Rrahmani deixou Barreiro ganhar-lhe a frente.

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No corredor direito, o capitão Di Lorenzo tentou esticar o jogo e ainda cabeceou com perigo. Do outro lado, um Olivera errático, aqui e ali a ir com demasiada sede ao pote. Em zona nevrálgica, Elmas tentou organizar, mas foi perdendo gás. McTominay: uma sombra: Ríos e Barrenechea 'engoliram' o habitualmente perigoso escocês.

Pouco interventivo, Noa Lang procurou colocar a bola (quando a teve...) na área e descobriu Di Lorenzo aos 31'. Hojlund, embora batalhador, não encontrou forma de ludibriar a dupla de centrais do Benfica.

Entre os que saíram do banco, só Politano foi capaz de injetar algo de novo. Juan Jesus ajudou a estabilizar a defesa. Nem a alteração tática promovida por Conte serviu para mudar o rumo dos acontecimentos. Lorenzo Lucca, arma lançada para o chuveirinho, foi inconsequente.

A figura: David Neres (6)

Leva mais de um mês a ser uma das melhores unidades do Nápoles e, no regresso à Luz, confirmou o bom momento que atravessa. Sempre irreverente, ao seu estilo, deu trabalho a Dahl na primeira parte. Não venceu todos os duelos com o sueco, mas foi o único visitante a conseguir pôr a defesa do Benfica em sentido nesse período. Perdeu alguma influência em terrenos centrais, embora tenha dado para testar Trubin (72'), e recuperou faísca à esquerda. Sem resultados práticos para os napolitanos, serviu para renovar as saudades de alguns benfiquistas nas bancadas...

As notas dos jogadores do Nápoles: Milinkovic-Savic (5); Beukema (4), Rrahmani (4), Buongiorno (4); Di Lorenzo (5), Elmas (5), McTominay (4), Olivera (4); David Neres (6), Hojlund (4), Noa Lang (5).