Cidade do Futebol recebe as vice-campeãs mundiais: «Pensámos sempre que seria possível»

Seleção Nacional feminina de futsal foi homenageada pela histórica participação no Mundial pelo presidente da FPF e pela ministra da Cultura, Desporto e Juventude. Lídia Moreira e Ana Catarina mostraram-se gratas pelo carinho recebido pelo público português

Ainda mal refeitas da longa viagem que a transportou desde as Filipinas, a Seleção Nacional feminina de futsal, recentemente coroada vice-campeã mundial, foi recebida em festa na Cidade do Futebol, em Oeiras, perante convidados, atletas das várias seleções nacionais portuguesas e os mais altos quadros da FPF, como o seu presidente, Pedro Proença, que assistiu à final e acompanhou a equipa no voo de regresso a Lisboa, e ainda a ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes.

Os dois altos dirigentes discursaram perante a assistência, tal como o selecionador nacional, Luís Conceição, e após a entrega das respetivas medalhas de mérito desportivo e a exibição da medalha de prata obtida no Mundial, as protagonistas fizeram notar o seu orgulho pelo feito que alcançaram, a começar por Lídia Moreira, um dos destaques da equipa nacional e distinguida como terceira melhor jogadora da competição.

«Penso que a palavra união seja a de que mais gosto, que nos define. Sempre acreditámos e pensámos sempre que seria possível, mas infelizmente [na final] não conseguimos», declarou a jogadora de 30 anos, autora de seis golos na competição e uma das mais inconformadas na final, frente ao Brasil. «O jogo é feito de 40 minutos, podia pender para cada um dos lados. Tivemos oportunidades, não conseguimos concretizar, mas enquanto há tempo, há luta», definiu Lídia.

Ainda comovida pelo carinho que recebeu por parte dos jovens presentes na Cidade do Futebol, que solicitavam autógrafos e abraços a toda a equipa portuguesa, Ana Catarina mostrou-se grata por tão calorosa receção.

«Choro bastante e esta receção comove-me bastante, pelo facto de isto estar a ser tão incrível… e somos apenas e só vice-campeões do mundo - imagine-se então se fôssemos campeões do mundo, como não seria a felicidade que poderíamos proporcionar a estes jovens, às nossas famílias e a todos os portugueses?», comentou, emocionada.

«Às vezes é o que mexe um bocadinho mais comigo, saber que sendo vice-campeãs conseguimos tudo isto, dar esta visibilidade à nossa modalidade. Imagine-se então se conseguíssemos alcançar mesmo o topo do mundo», constatou, por fim, a internacional de 33 anos, considerada a melhor guarda-redes do Mundial.