«Pioneiras» regressaram com promessa de «títulos» e «normalidade»
Um dia depois do histórico segundo lugar na primeira edição do Mundial feminino de futsal, a comitiva de Portugal foi recebida no Aeroporto Humberto Delgado por centena e meia de familiares e acompanhada pelo presidente da FPF, Pedro Proença, que enalteceu o feito alcançado por este conjunto de jogadoras, que apelidou de «pioneiras» e aproveitou para fazer um balanço «excecional» ao ano desportivo.
«O que 2025 representou foi muito mais do que o termos ou não ganho títulos. Foi o processo de estar cá esta normalidade com que hoje o futebol português chega, nomeadamente as suas seleções, a estas finais. Acontece que é um trabalho de fundo que é feito, é pensado, planeado e aqui, obviamente, a base de tudo isto são os clubes, sem eles isto não seria possível. Tenho dito isto de forma muito repetida - são eles que fazem o grande investimento na base desta pirâmide», reconheceu.
Pedro Proença prometeu melhorar ainda mais as condições do futsal feminino português, garantindo que o êxito conseguido será uma realidade «transversal» a todas as equipas e, neste caso em concreto, não será apenas «um fogacho».
«A transversalidade tem de acontecer, há um problema, não só das remunerações, mas também de infraestruturas e condicionantes que hoje existem. Portanto, a FPF deve voltar a trabalhar esses temas de forma muito profunda, porque obviamente que isto não pode ser um fogacho», salientou.
«Isto tem de ser - e vai ser – planeado e sustentado e vocês vão ver que o que estou a dizer será uma normalidade. Depois, as seleções e a FPF aproveitam todo este trabalho feito de uma forma transversal no qual, obviamente, deixo uma palavra em concreto ao mister Luís [Conceição], que interpretou muito bem esse sentimento, e é digno de se ver o profissionalismo hoje incorporado em todas as seleções da Federação Portuguesa de Futebol», agregou, muito satisfeito.
Proença revelou a promessa deixada pelas jogadoras nacionais de «tudo fazer» para, dentro de quatro anos, vencerem o título mundial mas, ao seu lado, Luís Conceição, o selecionador nacional feminino, já antecipa o próximo passo para esta seleção.
«O próximo passo é, já a partir de amanhã, começarmos já a pensar no apuramento para o próximo Europeu, que vai decorrer no próximo ano, e depois temos logo no início de 2027 também o Europeu, e temos de virar o foco já para isso. Vai ser a nossa próxima competição, queremos marcar presença, estar novamente nas finais, e é com esse objetivo que trabalhamos», transmitiu.
Um desejo partilhado pela capitã Ana Azevedo: «daqui a quatro anos estaremos aqui para voltar a competir no Mundial. Agora temos o Europeu e vamos fazer tudo para conseguir o título», propôs ainda, com ambição.