Pedro Proença, presidente da FPF, à chegada da Seleção Nacional feminina de futsal a Lisboa. Foto: Miguel Nunes
Pedro Proença, presidente da FPF, à chegada da Seleção Nacional feminina de futsal a Lisboa. Foto: Miguel Nunes

«Pioneiras» regressaram com promessa de «títulos» e «normalidade»

Seleção Nacional de futsal feminino foi recebida com carinho à chegada a Lisboa após ter-se sagrado vice-campeã mundial e Pedro Proença garante que feito não será «um fogacho». Luís Conceição e Ana Azevedo prometem «fazer tudo» para conquistar títulos europeu e mundial no futuro

Um dia depois do histórico segundo lugar na primeira edição do Mundial feminino de futsal, a comitiva de Portugal foi recebida no Aeroporto Humberto Delgado por centena e meia de familiares e acompanhada pelo presidente da FPF, Pedro Proença, que enalteceu o feito alcançado por este conjunto de jogadoras, que apelidou de «pioneiras» e aproveitou para fazer um balanço «excecional» ao ano desportivo.

«O que 2025 representou foi muito mais do que o termos ou não ganho títulos. Foi o processo de estar cá esta normalidade com que hoje o futebol português chega, nomeadamente as suas seleções, a estas finais. Acontece que é um trabalho de fundo que é feito, é pensado, planeado e aqui, obviamente, a base de tudo isto são os clubes, sem eles isto não seria possível. Tenho dito isto de forma muito repetida - são eles que fazem o grande investimento na base desta pirâmide», reconheceu.

Pedro Proença prometeu melhorar ainda mais as condições do futsal feminino português, garantindo que o êxito conseguido será uma realidade «transversal» a todas as equipas e, neste caso em concreto, não será apenas «um fogacho».

«A transversalidade tem de acontecer, há um problema, não só das remunerações, mas também de infraestruturas e condicionantes que hoje existem. Portanto, a FPF deve voltar a trabalhar esses temas de forma muito profunda, porque obviamente que isto não pode ser um fogacho», salientou.

«Isto tem de ser - e vai ser – planeado e sustentado e vocês vão ver que o que estou a dizer será uma normalidade. Depois, as seleções e a FPF aproveitam todo este trabalho feito de uma forma transversal no qual, obviamente, deixo uma palavra em concreto ao mister Luís [Conceição], que interpretou muito bem esse sentimento, e é digno de se ver o profissionalismo hoje incorporado em todas as seleções da Federação Portuguesa de Futebol», agregou, muito satisfeito.

Proença revelou a promessa deixada pelas jogadoras nacionais de «tudo fazer» para, dentro de quatro anos, vencerem o título mundial mas, ao seu lado, Luís Conceição, o selecionador nacional feminino, já antecipa o próximo passo para esta seleção.

«O próximo passo é, já a partir de amanhã, começarmos já a pensar no apuramento para o próximo Europeu, que vai decorrer no próximo ano, e depois temos logo no início de 2027 também o Europeu, e temos de virar o foco já para isso. Vai ser a nossa próxima competição, queremos marcar presença, estar novamente nas finais, e é com esse objetivo que trabalhamos», transmitiu.

Um desejo partilhado pela capitã Ana Azevedo: «daqui a quatro anos estaremos aqui para voltar a competir no Mundial. Agora temos o Europeu e vamos fazer tudo para conseguir o título», propôs ainda, com ambição.

A capitã da seleção portuguesa feminina de futsal, Ana Azevedo, prometeu «fazer tudo» para que Portugal conquiste os títulos europeu e mundial da modalidade. Foto: D.R.