Carvalhal: «Não se pode abrir uma crise cada vez que um jogo não seja tão bem conseguido»
O SC Braga abre a jornada 23 da Liga, já esta sexta-feira, com a receção ao Nacional e Carlos Carvalhal mostrou-se satisfeito por voltar a jogar junto dos seus adeptos, sublinhando os últimos bons resultados caseiros.
«Contentes por voltarmos a casa, superámos um bocadinho aquele mau momento em relação aos resultados em casa, conseguimos dar a volta e vencer nos últimos dois jogos. Notamos que o envolvimento é mais positivo hoje, do que era no passado, sentimos isso dentro do campo. Voltamos a nossa casa e queremos fazer dela uma fortaleza. Para que isso aconteça temos de vencer o jogo de amanhã, contra um Nacional que é uma equipa boa, equilibrada, que venceu o FC Porto e foi empatar a Guimarães há pouco tempo. Sabemos das dificuldades, não há jogos fáceis na Liga, mas estamos preparados e vamos estar à altura. Vamos com tudo pelos três pontos, amanhã.»
O técnico, de 59 anos, ainda esclareceu o boletim clínico, dando esperanças pelo regresso de Fran Navarro e voltou a abordar a situação de Rodrigo Zalazar.
«Dúvida no Fran Navarro. Víctor Gómez esteve no banco no último jogo, mas ainda não estava totalmente restabelecido. Agora está totalmente apto. Rodrigo Zalazar entregue ao departamento médico, viu-o hoje no relvado, pela primeira vez, já não o via há muito tempo. Sikou Niakaté está para breve e Vítor Carvalho, mais à frente. Falei com o Rodrigo Zalazar e sinto-o inteiramente no SC Braga. As situações são o que são, mas já ocorreu e está no passado. Sabe que o que fizer daqui para a frente é do seu interesse e que lhe pode trazer frutos no futuro. O Uros Racic está em condições, tal como todos os outros, de poder jogar. Veio rodado, conhece o futebol português, cada vez mais entrosado com as nossas ideias e está em condições de jogar ele, como todos os outros.»
Na última partida, frente ao V. Guimarães, fora, o SC Braga praticamente não criou situações de perigo e ao ser questionado sobre este facto, o treinador dos arsenalistas referiu que nem sempre se pode jogar bem e que o último ciclo de seis jogos, na Liga, foi importante.
«Cada jogo tem a sua história, a sua componente emocional e um caminho diferente. Há jogos que se tornam mais difíceis, outros mais fáceis. Nos últimos seis jogos, com duas deslocações complicadas [Estádio da Luz e D. Afonso Henriques] conseguimos fazer em 18, 16 pontos. A jogar bem umas vezes e menos bem noutras, como todas as equipas do Mundo. Não se pode abrir uma crise cada vez que um jogo não seja tão bem conseguido. Em termos de atitude estivemos à altura, os nossos jogadores agarraram-se ao jogo e queriam a vitória. Também com jogadores que se estrearam num dérbi e estiveram bem e adultos.»
Os guerreiros entram em campo já esta sexta-feira, pois na próxima quarta-feira tem partida dos quartos de final da Taça de Portugal, fora, frente ao Benfica, mas Carvalhal nem sequer pensa nisso.
«Nem me lembro que tenho jogo a meio da semana e estou a falar de coração, apenas focados no Nacional. É isso que transmitimos aos jogadores. Fazer de cada jogo o da nossa vida. Fazer o nosso melhor para conquistar os três pontos frente a uma equipa que é tudo menos fácil.»