Jogadores do Benifca campeões do Mundo de sub-17 - Foto SL Benfica
Jogadores do Benifca campeões do Mundo de sub-17 - Foto SL Benfica

Campeões do Mundo do Benfica contam tudo

As 9 águias da caminhada gloriosa dos sub-17 de Portugal recordaram conquista

Daniel Banjaqui, José Neto, Ricardo Neto, Mauro Furtado, Rafael Quintas, Miguel Figueiredo, Stevan Manuel, Anísio Cabral e Tomás Soares, os nove jogadores do Benfica que se sagraram campeões do mundo de sub-17 por Portugal, tiveram uma quarta-feira marcante. Foram homenageados no Seixal por José Mourinho, plantel principal e toda a estrutura do futebol profissional, e também por Rui Costa, presidente do Benfica.

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Mais tarde, em declarações à BTV, os nove jogadores dos escalões de formação das águias recordaram as emoções vividas na fase final disputada no Catar.

BANJAQUI

«Já ganhámos, já foi. Agora, é treinar, voltar aos trabalhos e focar no que temos para fazer. [Jogo da final] Assim que entrámos, foi logo com tudo, estávamos a carregar. Quando o Anísio marcou aquele golo, sabia que ia dar para nós. [Linha defensiva da seleção quase toda do Benfica] Ajuda! Já nos conhecemos há muito tempo, então fica mais fácil jogarmos uns com os outros. [Jogo mais difícil] Diria o do Japão, um adversário que já enfrentámos várias vezes e sobre o qual sabemos que é complicado jogar contra. [Momento inesquecível] O jogo da Bélgica. Na noite anterior, tínhamos feito uma palestra no quarto do Quintas. Estivemos a discutir sobre vários assuntos e tínhamos dito que, se ganhássemos à Bélgica, ninguém nos ia parar e íamos ganhar o Campeonato do Mundo. Foi esse jogo que mais me marcou.»

MAURO FURTADO

«Foi um momento único, uma honra para nós sermos recebidos pelo plantel principal. Foi um momento especial para nós. Sem o Benfica não era possível estarmos presentes no Mundial. A nossa presença no Mundial é devido ao trabalho feito no Benfica, que nos leva às convocatórias. [3.º Melhor Jogador do Mundial] Fiquei contente. Significa que o meu trabalho foi reconhecido, mas é agradecer à equipa porque, sem eles, não tinha recebido este prémio. A minha maneira de jogar, para um central, fez a diferença. [Melhor Jogador da final e do jogo frente ao Brasil] Entro sempre para ajudar a equipa. Tive a sorte de o jogo me ter corrido bem e de levar o prémio. Temos de manter os pés assentes na terra e continuar a trabalhar.»

RICARDO NETO

«[Final] Independentemente do tempo de jogo, entro sempre para dar o meu melhor. Era para ajudar a equipa. Seja a defender ou a atacar. Ainda estava concentrado, pronto para tudo o que pudesse acontecer dentro de campo. Sempre tive o Benfica como o meu clube de coração, e sentir que o Benfica me ajuda a ganhar títulos importantes é especial. Foi uma experiência boa. Estava sempre pronto para entrar, acrescentar alguma coisa ao jogo. Entrei sempre focado para ajudar a equipa.»

JOSÉ NETO

«[Palavras de José Mourinho] É sempre um sonho. Todos os que estamos na formação do Benfica temos o sonho de chegar à equipa principal. Mas cada coisa tem o seu tempo, e se continuarmos a trabalhar e a focar no nosso desenvolvimento no dia a dia, isso acaba por ser uma consequência desse trabalho. Todos entrávamos para dar o máximo pelo nosso país e para o representar da melhor maneira. Depois os golos acabam por ser consequência disso. Gosto sempre de ajudar a equipa em que estou, mesmo se não marcasse, ficava muito feliz pela vitória. Marcar também é sempre bom, a parte mais bonita do futebol acaba por ser o golo e fico muito contente por ter conseguido ajudar a seleção com estes 4 golos. Acho que os meus colegas que fizeram golos também acabaram por ficar muito contentes por terem ajudado a equipa.»

Nélson Veríssimo e José Neto - Foto SL Benfica

RAFAEL QUINTAS

«Já estamos com os pés assentes na terra, já voltámos à realidade, à nossa rotina e estamos prontos para voltar a trabalhar e a dar o nosso melhor pelo clube. É o que levamos da mensagem do Presidente. Temos de continuar a trabalhar, continuar a demonstrar o nosso valor, e quando a oportunidade chegar, aproveitá-la. [Campeões europeus e mundiais] Foram duas grandes experiências. Queremos continuar a trabalhar para, um dia, mostrar a nossa experiência noutros patamares. Levantar um troféu pela nossa nação é sempre um orgulho e uma honra. [Melhor Jogador no Portugal-Bélgica] Em todos os jogos entro para dar o meu melhor e ajudar a equipa. Agradeço, mas o meu papel em campo é sempre ajudar a equipa. Como a equipa conseguiu jogar bem, tive essa recompensa.»

MIGUEL FIGUEIREDO

«Foi muito bom podermos ser reconhecidos pelo nosso trabalho, por aquilo que fizemos no Campeonato do Mundo. Qualquer jogador aqui quer chegar lá, e vamos trabalhar para conseguirmos estar lá um dia, junto deles. Quem está de fora, se calhar, até está mais nervoso do que os que estão lá dentro, então só queríamos mesmo que o jogo acabasse, estávamos muito nervosos já. Depois, quando acabou, foi um alívio para todos. Sabia que ia ser difícil ter muitos minutos por ter sido o único a entrar na convocatória, mas estava sempre preparado para entrar. Foi um momento inesquecível participar neste Campeonato do Mundo. Mesmo sendo 3 jogos, ou sendo 1, ou sendo 2, ia sempre dar o meu melhor. [Golo ao México] Um momento que fica guardado, poder estrear-me a marcar pela Seleção, e ainda mais num Campeonato do Mundo. Vai ficar sempre guardado na minha memória. [Futuro] Sei que este Campeonato do Mundo, por termos sido campeões, pode abrir portas. Tenho o objetivo, neste ano, de ganhar mais minutos na equipa B, e, a curto/médio prazo, estrear-me pela equipa principal.»

STEVAN MANUEL

«Foi uma boa homenagem voltar ao clube em que treinamos sempre, praticamos o nosso futebol todos os dias. É muito bom estar de volta, e gostámos da homenagem que nos fizeram. Temos em mente que ainda temos muitas coisas boas para conquistar, temos de estar sempre com os pés na terra para conseguir alcançar os nossos objetivos. Somos um grupo que já está junto há bastante tempo, a equipa já está mais ou menos sólida. Foi muito bom para o nosso desenvolvimento e conseguimos ganhar o Campeonato do Mundo.»

TOMÁS SOARES

«[Receção nos Sub-23] Já identifiquei alguns [colegas] e já lhes disse que, quando fizeram anos, vou ter de lhes dar o que eles me deram. [Companheiros do clube] São fundamentais no nosso dia a dia, já antes de ir ao Mundial lhes agradecemos, pois eles fazem parte do nosso trabalho. Sem eles não seria possível. Temos muito a agradecer-lhes. [Lesão que não roubou o sonho] Não era para ir, por causa de uma lesão. Estava em casa, triste, então só tinha uma coisa a fazer: dar o meu melhor para estar lá. Portanto, queria agradecer a todos que me ajudaram. Tentei desfrutar ao máximo de todas as oportunidades que tive e o tempo de jogo. Sinto que daqui para a frente vamos ter uma responsabilidade maior, e isso vai ser um desafio.»

Samuel Soares e Anísio Cabral - Foto SL Benfica

ANÍSIO CABRAL

«Foi uma receção calorosa, eles esticaram-se um bocadinho, mas também é merecido. [Recebidos pela Equipa A] Foi uma homenagem muito bonita. É sempre muito bom sermos recebidos pelo escalão superior do nosso clube, ao qual ambicionamos chegar. Temos de continuar com os pés bem na terra e a trabalhar muito. Isto é só o começo de algo grande. Sentimos uma grande ligação diária. Já nos conhecemos há muito tempo e isso facilita muito o nosso trabalho. Já não é preciso falar, nem fazer muito esforço, basta só um olhar e já se consegue ver a nossa sintonia. [Golo na final] Às vezes parece fácil... mas não é . O meu colega facilitou muito com a assistência. Tive de aproveitar o momento. Não é todos os dias que se marca numa final de um Mundial.»