Franjo Ivanovic - Foto: Catarina Morais/Kapta+
Franjo Ivanovic - Foto: Catarina Morais/Kapta+

Benfica-Nápoles: Mourinho explica Tomás Araújo e Ivanovic de início

Técnico das águias garante que foi estratégico

José Mourinho surpreendeu ao lançar Tomás Araújo e Ivanovic no onze inicial do Benfica, para a receção ao Nápoles. Em declarações à Sport TV antes do duelo da sexta jornada da Champions League, o técnico das águias assumiu que as opções não estão relacionadas com qualquer explicação de ordem física.

«É estratégico, nenhum problema físico. Se calhar o Pavlidis tem minutos a mais, joga sempre, mas é um bocadinho estratégico. Eles defendem ao homem, o Pavlidis é mais de apoximação do que afastamento. Vou tentar que o Ivanovic os faça correr para trás, e depois logo se vê, na segunda parte. Quanto ao Tomás... os nossos centrais vão jogar contra um cavalo de corrida, e o Tomás é o jogador mais rápido que temos atrás. E com bola tem um pouco mais de tranquilidade, frente a uma equipa que vai dar espaço para jogar», explicou.

Mourinho foi depois questionado por Carlos Carvalhal, comentador Sport TV, sobre o motivo pelo qual disse que preferia jogar contra o Nápoles do início da época, e não este.

«O Antonio é o melhor do mundo assim. É a praia dele. Foi contra-natura apanhar um Nápoles a quatro que vinha do Spalletti, com o scudetto, e assim que a porta abriu ele voltou a cinco. Eles defendem com 11, mas não é aquela equipa que dizes que é defensiva. Tem transição fortíssima, e em organização ofensiva metem posicionamentos diferentes. É uma equipa com uma grande dinâmica. Com De Bruyne e Lukaku ia mostrar outro perfume, mas sinto que é uma equipa muito mais forte.  

O treinador do Benfica foi depois questionado sobre a razão para que a sua equipa tenha melhores prestações frente aos adversários mais fortes. «O melhor jogo que fizemos foi o Leverkusen, foi o mais completo. Controlámos, mas também dominámos. Criámos várias oportunidades, e perdemos com um lance que é quase um autogolo, uma assistência para golo. Com o Sporting também, a existir um vencedor seríamos nós. Não sei se é a mística, se é o sentimento de responsabilidade adiconado a esse sentimento de que ninguém é maior do que nós. Honestamente, entre nós posso dizer coisas que não digo diretamente aos jogadores: eles [Nápoles] são mais fortes que nós [faz o gesto de silêncio]. Eles não estão a ouvir. Mas podemos ganhar!», sustentou.

«São muito bons em equipa. E se tiverem uma bola parada contra nós, rezem, que eles vão com sete animais e aquilo é difícil», finalizou.