Benfica fez o maior investimento de sempre no mercado de inverno
O Benfica fez o maior investimento de sempre no mercado de inverno. Mesmo que do ponto de vista contabilístico algumas contratações sejam apenas efetivadas no próximo exercício, o gasto em jogadores que chegaram em janeiro será de €42,5 milhões, valor que supera o anterior recorde registado em 2020, quando dos cofres da Luz saíram €20 milhões para adquirir o passe de um único jogador (Julian Weigl, do Dortmund).
As águias pagaram €18 milhões ao Santos pelo avançado Marcos Leonardo e informaram a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que o clube brasileiro «terá ainda direito a receber uma percentagem de 10% do valor de uma mais-valia obtida numa futura transferência do referido jogador».
Outro atacante, no caso o argentino Benjamín Rollheiser, implicará um investimento de €9,5 milhões por 90 por cento do passe, de acordo com as informações divulgadas pelo Estudiantes de la Plata. O esquerdino chega por empréstimo de seis meses, mas com cláusula de compra obrigatória, o que é uma forma de fazer entrar a aquisição apenas no ano fiscal 2024/2025.
O compatriota Gianluca Prestianni também chegou no inverno, contratado ao Vélez Sarsfield, por €9 milhões. Aterrou em Lisboa nas primeiras semanas de janeiro, mas só pôde ser inscrito e apresentado no último dia do mercado por ser aquele o dia em que fez 18 anos.
Álvaro Carreras foi o único a entrar no plantel em regime de cedência sem cláusula obrigatória, mas é ponto praticamente assente de que as águias vão honrar o compromisso assumido com o Manchester United, dono do seu passe, e pagarão os €6 milhões que constam na cláusula de opção.
Os mercados de Inverno mais caros da história do Benfica
| Época | Compras | Vendas |
| 2023/2024 | €42,5 milhões | €26 milhões |
| 2019/2020 | €20 milhões | €31,5 milhões |
| 2022/2023 | €16 milhões | €127,7 milhões |
| 2009/2010 | €13,1 milhões | €2,7 milhões |
| 2015/2016 | €8,7 milhões | €0,6 milhões |
| 2016/2017 | €8 milhões | €45 milhões |
| 2010/2011 | €6,7 milhões | €26 milhões |
| 2020/2021 | €6,5 milhões | €0,5 milhões |
| 2000/2001 | €6,5 milhões | €2,5 milhões |
| 2007/2008 | €5,3 milhões | €7,7 milhões |
Rui satisfaz Roger
Somando as duas janelas de mercado na temporada desportiva 2023/2024, o Benfica gastou 111,5 milhões de euros, o maior investimento numa única temporada. Uma tendência que foi notória já em 2022/2023, cuja soma de compras atingiu os 86 milhões de euros.
Já em setembro, depois de concluído o mercado de transferências de verão, o Observatório do Futebol colocava o plantel encarnado como o mais caro de Portugal e o sétimo mais caro fora dos cinco principais campeonatos europeus.
Com um custo, à data, de €188 milhões (sem os mais de 40 milhões de euros de janeiro), o elenco dirigido por Roger Schmidt ocupava, no entanto, apenas, o 45.º lugar da classificação geral, uma vez que os lugares de topo nos gastos estavam destinados, na sua maioria, a clubes ingleses (incluindo emblemas do Championship, o segundo escalão no país).
Seja como for, e voltando ao contexto nacional, os dados evidenciam que Rui Costa tem sido obrigado a abrir os cordões à bolsa para satisfazer os desejos de Roger Schmidt.