Benfica District foi apresentado a 22 de julho — Foto: SL Benfica
Benfica District foi apresentado a 22 de julho — Foto: SL Benfica

Benfica District para acelerar já

Direção prevê iniciar processo de licenciamento este mês. Terá de estar concluído até março. Sócios vão pronunciar-se em assembleia geral

Depois de assentar o pó das eleições, Rui Costa e a nova Direção vão avançar já com o projeto Benfica District, anunciado a 22 de julho com toda a pompa e circunstância e defendido com unhas e dentes pelo presidente na recente campanha eleitoral. O processo está em fase de consulta pública e sugestões dos sócios, que, como se sabe, terão de pronunciar-se sobre a execução, ou seja, se querem ou não que o projeto avance. O próximo passo é o licenciamento exigido pela Câmara Municipal de Lisboa para as obras de construção.

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No plano de desenvolvimento do projeto apresentado ao público, numa cerimónia que contou com a presença, entre outros, do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, e da ministra da Cultura, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes, foi revelado que o licenciamento teria início este mês e estaria concluído em março. É, como tal, nesta fase que estão concentrados os esforços, para que não haja qualquer atraso.

Carlos Moedas, que entretanto foi reeleito em outubro, afirmou, em julho, que o projeto «é um marco para a história do clube» e que «não é apenas do Benfica», mas também «para Lisboa». «Estamos ao lado do projeto do Benfica, um parceiro da Câmara, um símbolo da cidade, um representante da nossa identidade num projeto que não exclui, que não divide, e que é um projeto que une», afirmou Moedas.

O objetivo da Direção é resolver depressa o processo de licenciamento e, ao mesmo tempo, convocar uma assembleia geral para que os sócios se pronunciem — A BOLA sabe que ainda não há data definida para que isso aconteça.

O Benfica anunciou que a obra exigirá um investimento de €220 milhões. Nuno Catarino, CFO da SAD, e que entretanto foi eleito como vice-presidente para a área financeira do clube, defendeu que o projeto é autossustentável e que vai gerar receitas anuais adicionais de €37 milhões. Está previsto um período de financiamento de 15 anos que foi «desenhado», explicou Nuno Catarino, «para ter um contributo positivo a partir do primeiro ano de operação».

Estádio Etihad, Manchester, Inglaterra
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Rui Costa, nos debates eleitorais, insistiu que o Benfica District é um projeto que «vai ao encontro do que está a ser feito noutros clubes», como Real Madrid, Barcelona ou Manchester City, e que vai proporcionar ao Benfica mais receitas, para lá de elevar o clube para outra dimensão. E que não ameaça financeiramente a atividade da SAD.

O Benfica District propões revolucionar a Luz e toda a zona envolvente, implicando, por exemplo, o aumento da capacidade do estádio —«temos projeto para 80 mil pessoas», disse Rui Costa —, a construção de Arena Multiusos para 10 mil espectadores, dois pavilhões, museu, hotel, residência para atletas/estudantes, piscina, área multiusos e novos espaços de convívio.

Depois do processo de licenciamento, o plano prevê que o plano de execução esteja finalizado em janeiro de 2027, seguindo-se o concurso para a construção até maio de 2027 e o início das obras em junho do mesmo ano.

Se o calendário do projeto for respeitado, as obras decorrerão de junho de 2027 a junho de 2029, ou seja, durante dois anos, para que a Luz possa receber, já renovada, os jogos do Mundial-2030.