Jogadores do Rio Ave a festejarem na Luz
Jogadores do Rio Ave a festejarem na Luz - Foto: Miguel Nunes

Bastou um lance para André Luiz tirar coelho da cartola (as notas do Rio Ave)

Brasileiro foi suplente pela primeira vez esta temporada, entrou e precisou de apenas um remate para fazer a diferença no resultado, em pleno Estádio da Luz, já na compensação, recompensando a solidez defensiva da sua equipa durante 86 minutos
O melhor em campo: André Luiz (7)
Titular em todos os jogos desta temporada, André Luiz foi relegado para o banco de suplentes, mas mostrou ao treinador que se calhar foi má ideia não o ter mantido a titular. O brasileiro entrou aos 58 minutos e precisou de apensa uma oportunidade para fazer a diferença total no resultado. Após o golo sofrido perto do final, André Luiz partiu praticamente sozinho para o ataque e, perante a passividade da defesa adversária, soltou um coelho da cartola com um remate que surpreendeu Trubin, já na compensação, e que valeu um ponto precioso aos vilacondenses. Segundo golo da temporada e logo na Luz, além das outras três assistências.

Perante a derrota pesada na receção ao FC Porto (0-3), Sotiris Silaidopoulos fez algumas alterações no onze e surpreendeu ao colocar no banco os brasileiros André Luiz e Clayton, este último o melhor marcador do campeonato, a par de Pote. Jonathan Panzo foi uma delas - não entrou no jogo anterior - e o foco estava claramente num jogo defensivo e, se possível, em contra-ataque. A solidez defensiva foi algo que não se viu em Vila do Conde, mas sim no Estádio da Luz e os três centrais estiveram muito bem - Panzo na esquerda, Petrasso na direita e Brabec no eixo -, mas com Panzo claramente em destaque, tendo tido muitos cortes importantes. A parceria no meio-campo também foi mais a pensar em defender o nulo e o ataque passava pelas laterais - Richards e Vrousai, que também estiveram sólidos no capítulo defensivo - ou então diretamente para a frente.

Marc Gual teve a difícil tarefa de substituir Clayton e o primeiro ataque foi precisamente dele, mas, sozinho, perdeu os duelos com os adversários. Pohlmann e Spikic também tentaram pelas alas, e o croata teve a melhor oportunidade aos 21 minutos, numa rara (e boa) jogada coletiva dos vilacondenses, mas o remate foi cortado para as mãos de Trubin. Mais perto do final da primeira parte, Spikic voltou a aparecer no ataque e ainda conseguiu ganhar canto, mas só tiveram um remate enquadrado em cada parte. As entradas de Clayton e André Luiz aos 57 minutos, num momento inicial, também não foram acrescentar muito, mas no final acabaram por justificar. Sotiris esgotou as substituições aos 74 minutos e o foco foi em renovar as laterais, mantendo a estrutura central.

Por outro lado, Miszta não teve muito trabalho na primeira parte, muito mais na segunda, somando seis intervenções, quatro delas nos últimos 45 minutos. O destaque vai para o duelo num um para um com Lukebakio, que lhe tentou fazer um chapéu, mas o polaco saltou e agarrou. No entanto, o guarda-redes nada podia fazer aos 86 minutos, altura em que as águias chegaram finalmente ao golo: Lukebakio deixou para trás Athanasiou, que entrou aos 68', e o remate de Sudakov ainda foi desviado por Petrasso, que acabou por enganar o guarda-redes, infeliz no lance. Antes disso, António Silva ainda marcou, mas o VAR anulou o golo, devido a um pisão de Otamendi sobre Vrousai. Porém, o momento de magia de André Luiz anulou tudo isso.

As notas do Rio Ave: Miszta (6); Petrasso (6), Brabec (7) e Panzo (7); Vrousai (6), Ntoi (5), Aguilera (5) e Richards (6); Pohlmann (5), Gual (5) e Spikic (5); Clayton (5), André Luiz (7), Athanasiou (4), Nikitscher (6), Liavas (5)