O duelo entre o Benfica e o Nápoles iniciou-se logo com um lance polémico com Leandro Barreiro a cair na área dos italianos. As imagens atrás da baliza mostram que não houve qualquer infração

Arbitragem de classe na Luz. Pedro Henriques analisa lance polémico no Benfica-Nápoles

Num jogo de muito contacto, materializado em inúmeras faltas, os poucos casos de jogo foram todos bem resolvidos. Apenas um reparo em lance disciplinar e boa análise no lance polémico aos três minutos a envolver Leandro Barreiro

3’ Um bom exemplo de um lance onde o ângulo de visão é determinante para se perceber o que realmente aconteceu. Só com as imagens por atrás da baliza percebemos que Elmas ao esticar a sua perna direita apenas tocou com o pé na bola, não rasteirando ou pontapeando Leandro Barreiro. Boa decisão em nada assinalar, nomeadamente pontapé de penálti como foi pedido pelo internacional luxemburguês dos encarnados.

20’ O primeiro golo dos encarnados, obtido por Richard Rios, não foi precedido por qualquer infração, ficava a dúvida de como a bola, que tinha sofrido uma carambola em Franjo Ivanovic, em que parte do corpo lhe tinha tocado, nomeadamente se tinha sido no braço, mas a repetição é clara, e mostra que é no ombro, uma zona legal. Além disso, Rios, no momento desse toque do seu colega estava em posição legal.

45’ Há cartões amarelos que não tem qualquer tipo de gestão, ou seja, de não serem mostrados, é o caso deste que faltou exibir, pois Amar Dedic com ambas as mãos, agarra e puxa por trás Noa Lang, uma falta tática, e um comportamento antidesportivo que eram passiveis de advertência.

45’ O árbitro deu dois minutos de tempo extra, recuperação de tempo perdido, com base na única situação que justificou o tempo adicional, e que foi a assistência a dois jogadores lesionados, em simultâneo, um de cada equipa, na área dos encarnados.

Positivo
Arbitragem em termos globais muito positiva, com golos legais e decisões nas áreas corretas. Foi bem auxiliado pelos assistentes.

52’ Uma falta tática, significa que é uma infração que tem como objetivo parar e destruir uma jogada, para que a sua equipa se possa recompor e recuperar posicionalmente no terreno, foi o que aconteceu com esta carga/empurrão por trás de Noa Lang a Ivanovic. Cartão amarelo bem mostrado.

78’ Retardar o recomeço de jogo é uma das infrações da lei 12 (faltas e incorreções, página 115) punidas disciplinarmente com cartão amarelo. Foi essa a razão pela qual Dedic foi advertido aquando de um lançamento de linha lateral.

Árbitro esloveno assinou excelente exibição na partida da Luz - Foto: MIGUEL NUNES
Negativo
Demasiadas faltas para um jogo de Champions (32), e uma falha disciplinar, cartão amarelo por mostrar, em lance fácil de analisar.

87’ Cartão amarelo para Vergara que, ao esticar a perna, toca e desequilibra Dahl que depois choca e é tocado por Juan Jesus. Infração cometida para travar um contra-ataque e que foi bem punida disciplinarmente.

90’ O árbitro deu sete minutos de descontos, recuperação de tempo perdido, com base em duas assistências mais prolongadas a dois jogadores encarnados, Ivanovic e Trubin, às quatro paragens para substituições, onde entraram cinco jogadores, pelo golo, e pelos três amarelos que foram mostrados.

NOTA FINAL: 7