António Simões: «Plantel do Benfica está meio de luto»
António Simões não está «nada otimista» relativamente ao momento da equipa de futebol do Benfica, depois dos pontos perdidos nas últimas jornadas da Liga. O antigo jogador encarnado diz que aquilo que se vê «não é muito simpático».
«As coisas não saem. Não há uma verdade absoluta, mas só falo pelo que vejo. A equipa não desembucha e tenho alguma preocupação com o que vejo. Diria que o plantel do Benfica tem algum valor, mas não está a aparecer. Está meio de luto. Não tenho ideia do que se passa pois não estou lá dentro. Quando vejo a equipa do Benfica jogar fico preocupado porque não desenvolve», analisa, em declarações a A BOLA.
Questionado se é uma questão de liderança, a propósito da diferença de opinião de Bruno Lage para Otamendi e Di María, após a derrota no dérbi com o Sporting, Simões fala em «dois casos bem evidentes».
«Como diz o povo, casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão», acrescenta a glória benfiquista, que defende que «tem de haver um acréscimo de responsabilidade dos jogadores». «São eles que jogam e não o treinador. O treinador pode pedir o que quer que se faça em campo, mas não é ele que joga pelo A, B ou C. Os jogadores é que jogam. Já no meu tempo de jogador era assim. O que os jogadores têm de fazer é juntarem-se e darem a volta a isto. A primeira resposta tem de ser deles e não do treinador. Não é o treinador que diz que aos 17 minutos o jogador vai centrar desta ou daquela forma», sustenta.
António Simões, que fez mais de 400 jogos de águia ao peito, entende que a Taça da Liga «é uma oportunidade enorme e de grande responsabilidade para acabar com a instabilidade que já está instalada». «Esse tem de ser o desafio e os jogadores têm de ter força interior para isso. Libertem-se e joguem. Dar tudo o que têm pois os sócios do Benfica gostam de ver que os jogadores dão tudo o que têm. A cultura do Benfica é essa. Foi assim que o Benfica chegou longe. Com brio dos jogadores e não só com talento. Os jogadores têm de dar tudo para afastar a instabilidade», conclui.
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