Aumenta a contestação e Amorim não esconde o desgaste sobre um tema repetitivo
Ruben Amorim não gostou de ser bombardeado com perguntas sobre a falta de aposta em Kobbie Mainoo, depois de o médio não ter saído do banco no empate do Manchester United com o West Ham (1-1).
«Claro que percebo [porque perguntam], e a minha função é responder, mas tento responder sempre a mesma coisa e perguntam-me sempre a mesma coisa», começou por reagir, num excerto publicado esta sexta-feira pela Imprensa inglesa.
«Percebo o que estão a dizer. Adoram o Kobbie, foi titular com Inglaterra. Mas isso não significa que eu tenha de colocar o Kobbie quando considero que não tenho de colocar o Kobbie, por isso, a decisão é minha», reforçou.
«Só quero ganhar. Tento colocar os jogadores, não olho para quem é, não me interessa isso, só tento colocar os melhores jogadores em campo», insistiu, acrescentando: «Tens Ugarte que jogou dois jogos. Num deles, Casemiro não jogou — Bruno [Fernandes] está sempre apto — e é ele quem está a fazer a posição dele, por isso talvez tenha a ver com isso.»
Questionado sobre se o regresso do jovem à equipa pode estar depende da ausência daqueles que participarão na CAN, atirou: «Não sei. É a mesma pergunta. Não sei o que vai acontecer. Depende, vejo o treino, se for a melhor coisa para a equipa, coloco-o, é a única forma de responder a isso.»
Este episódio ajuda a perceber o estado atual da relação entre Amorim e a opinião pública e publicada. O regresso à ausência de vitórias após um ciclo positivo de bons resultados reabriu os canais de muitos que criticaram o técnico português. O exemplo de Paul Scholes sobre a gestão de Mainoo é apenas o mais recente e em muitos fóruns de adeptos o nome do ex-treinador do Sporting é cada vez menos consensual, a ponto de muitos pedirem a sua demissão.
Da parte do clube não transpiram, porém, quaisquer sinais de mudança de rumo: a confiança em Amorim mantém-se.
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