Kiernan Dewsbury-Hall marcou o golo decisivo frente ao Manchester United. #DAZNPremier

Amaldiçoada expulsão: Manchester United perde contra Everton com menos um

Gueye viu o vermelho aos 13', mas grande remate de Dewsbury-Hall selou o resultado. Equipa de Ruben Amorim, Bruno Fernandes e Diogo Dalot não conseguiu reagir

Esta segunda-feira marcava o primeiro aniversário da estreia de Ruben Amorim no banco do Manchester United. Ao bater do primeiro quarto de hora em Old Trafford, tudo indicava que estavam reunidas todas as condições para festa na celebração. Mas não foi isso que aconteceu. A expulsão de Gueye, que deixou o Everton com menos um a partir dos 13 minutos, mostrou ser uma maldição para o restante jogo dos red devils, que entre desinspiração individual e coletiva, boas exibições dos defesas-centrais adversários e algumas ótimas defesas de Jordan Pickford não conseguiram contrariar o golaço de Dewsbury-Hall que valeu aos toffees a vitória por 1-0 na jornada 12 da Premier League.

13 minutos de jogo e uma má abordagem de Michael Keane, pelo menos na ótica de Idrissa Gana Gueye, foi razão para desentendimento entre ambos. O momento em que o médio deu uma chapada no colega de equipa valeu-lhe o cartão vermelho, que deixou a equipa visitante com menos um desde então. Só que, a jogar em superioridade, pouco ou nada conseguiu criar o Manchester United. É certo que teve mais bola, mas os comandados de Ruben Amorim não conseguiram, uma e outra vez, criar uma sequência de grande perigo para a baliza de Pickford, que abriu o livro no segundo tempo mas, na primeira parte, só num remate de longe de Bruno Fernandes viu necessidade de se aplicar.

Ao mesmo tempo que não conseguia criar verdadeiro perigo, a equipa da casa projetava-se, mas a pressão sobre o Everton não era bem sucedida em muitas ocasiões. Mesmo estando em superioridade numérica, foi alguma passividade que permitiu que, aos 29 minutos, o marcador sofresse alterações. Kiernan Dewsbury-Hall recebeu descaído para a esquerda, aguentou a pressão de Bruno Fernandes, passou por Yoro e, com um remate à entrada da área, não deu hipótese de defesa a Senne Lammens. Estava, assim, definido o resultado deste encontro.

O intervalo era necessário para o Manchester United. A equipa estava desorganizada, ansiosa e sem conseguir criar perigo. Pelo menos os dois primeiros aspetos pareceram ser corrigidos pela equipa técnica durante o descanso, uma vez que, no segundo tempo, a equipa dos red devils foi muito menos permissiva. O Everton também não arriscou: esperou em 4x4x1, por vezes com uma linha mais recuada de seis homens, e esperou. Esperou pelo ataque adversário, esperou por alguma abertura para explorar o contra-golpe e pela crescente frustração dos anfitriões.

Quando não eram Michael Keane e Tarkowski a limpar o que era bombeado para a área, Pickford mostrava-se presente. Foi ao minuto 63 que surgiu o primeiro remate enquadrado do Manchester United na segunda parte, dos pés de Mbeumo, que o guardião defletiu. Mais perto do fim, por duas vezes, Zirkzee cabeceou para mais dois voos espetaculares do internacional inglês. Quatro defesas de alto calibre, três na segunda parte, que aguentaram a vantagem até ao apito final.

O Manchester United perdeu, assim, a hipótese de se colar ao Aston Villa no quarto lugar do campeonato. A pouca criatividade e as poucas soluções perante o bloco muito recuado do Everton serão, certamente, aspetos de foco para Ruben Amorim, que apostou em Bruno Fernandes no onze inicial e Diogo Dalot na segunda parte. Os toffees fizeram, com todo o mérito, o jogo que precisavam de fazer: mesmo com menos um, foram compactos, sólidos e, no ataque, um lance fez a diferença. A equipa de David Moyes, que, à 18.ª tentativa, venceu pela primeira vez em Old Trafford na condição de visitante, foi a primeira a conseguir ganhar em casa do Man. United para a Premier League com menos um em campo.