Abel Braga polémico logo na apresentação: «Não quero rosa, parece equipa de 'veado'»

De regresso ao Internacional de Porto Alegre, para as últimas duas jornadas do Brasileirão, o treinador Abel Braga começou logo de forma polémica.

Ao falar sobre o ambiente no balneário, o técnico falou em camisolas cor-de-rosa e usou uma expressão considerada homofóbica.

Abel relatou uma conversa interna diretor desportivo, Andrés D’Alessandro, que já foi seu jogador. «Eu disse-lhe: ‘Não quero a porra da minha equipa a treinar de camisola rosa, parece ‘time de veado’ [termo para definir homossexual no Brasil].

A expressão causou surpresa e o treinador de 73 anos foi questionado a fim de esclarecer o que queria dizer, e falou em boa disposição e tirar pressão ao grupo: a equipa ocupa de momento um dos 4 lugares de descida.

«Tinha de relaxar o grupo hoje, para vocês entenderem. Eu quero os rapazes fortes», explicou.

O comentário continuou a não cair bem, e por isso tentou nova justificação, mas já nas redes sociais, dirigindo-se aos adeptos: «Colorados e coloradas, em primeiro lugar reconheço que não fiz uma boa afirmação sobre a cor rosa durante a minha conferência de imprensa. Antes que isso se prolifere, peço desculpas. Cores não definem géneros. O que define é caráter. O Internacional precisa de paz e muito trabalho. Vamos.»

Abel Braga foi chamado para substituir Ramón Díaz - também ele prolífico em declarações polémicas - e tentar salvar a equipa da despromoção. Em Portugal entre os anos 1980 e 1990, treinou Rio Ave, Famalicão, Belenenses e V. Setúbal.

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