A improvável nova paixão de Derrick Rose: «Ensina-te muito sobre a vida»
Retirado do basquetebol profissional desde 2024, Derrick Rose descobriu, aos 36 anos, uma nova paixão: o xadrez.
O antigo basquetebolista dos Chicago Bulls, MVP da NBA em 2011, juntou-se a Magnus Carlsen, lenda do desporto, para juntos organizarem um torneio de xadrez que teve lugar em Las Vegas, em 2025. Agora, em entrevista à CNN, confessou que tem uma nova paixão: precisamente o xadrez.
Ao longo dos anos, passou pelos Chicago Bulls, New York Knicks, Cleveland Cavaliers, Minnesota Timberwolves, Detroit Pistons e, em 2024, retirou-se com a camisola dos Memphis Grizzlies.
«Acho que é apenas o entusiasmo de saber que existem possibilidades como em nenhum outro jogo no mundo. Tens entre três a quatro milhões de possibilidades após o primeiro movimento. E o facto de eu ter sabido isso muito cedo, intrigou-me», começou por dizer.
«Ensinou-me a estar consciente de cada movimento. Ensinou-me que cada movimento conta e que cada escolha é uma opção e que, dentro de cada opção, tens de tomar uma decisão. A parte divertida é perder e depois voltar à mesa com um esquema ou um estilo de jogo totalmente diferente», prosseguiu.
Este gosto, no entanto, não é de agora. Rose já gostava xadrez quando jogava basquetebol.
«Ficava até tarde a tentar jogar uma partida e depois percebia que eram duas da manhã, e às sete acordava para o tratamento. É extremamente doloroso quando perdes pessoalmente. Perder no xadrez é muito mais difícil do que perder no basquetebol. É uma loucura para mim dizer isto, mas sinto que o xadrez é mais íntimo, não sei porquê», confessou.
Para o antigo base, o xadrez pode até ajudar jovens que têm origens em contextos mais desfarecidos: «A maioria das crianças da zona onde cresci reage em vez de pensar. Esta decisão pode custar-lhes a vida, dependendo da situação em que se encontram. Por isso, quero que sejam sempre pacientes, que estejam conscientes e que saibam que têm de pensar nos seus atos. O teu primeiro pensamento ou o teu primeiro movimento pode não ser o melhor. Assim, é sempre uma questão de pensar para além desse momento.»
«Quero que as crianças saibam o quão preciosa é a vida e acredito que o jogo de xadrez te ensina muito sobre a vida, sobre ser estratégico e sobre te organizares como jovem quando cresces em ambientes difíceis», defendeu.