Certo no essencial, irregular na disciplina: a análise de Pedro Henriques à arbitragem do FC Porto-Estoril
7’ No golo anulado aos dragões, por fora de jogo de Samu, mesmo sem linhas e a olho nu, percebe-se que o espanhol está adiantado relativamente ao penúltimo adversário no momento do passe. O protocolo do VAR quer que os assistentes, mesmo com a certeza da irregularidade em termos de posição, em caso de jogada onde pode haver finalização, mantenham a bandeirola em baixo e só a levantem após a sua conclusão, para que desta forma permitam sempre a intervenção do VAR para eventualmente reverter alguma decisão.
12’ Jordan Holsgrove entra em tackle e com a perna direita a deslizar toca, rasteira e derruba Victor Froholdt, para além da entrada negligente, corta uma saída em contra-ataque. Uma falta tática que foi bem sancionada disciplinarmente.
35’ Ian Cathro treinador do Estoril, foi advertido no banco, por protestos em relação a uma decisão do árbitro.
38’ Cartão amarelo bem mostrado a Ricard Sánchez por empurrar, sem bola e sem interesse de jogar ou disputar a mesma, Borja Sainz que ia apanhar o esférico mais à frente ficando dessa forma com o corredor esquerdo todo livre.
42’ Francisco Moura acaba por ver corretamente o cartão amarelo por de forma ostensiva e deliberada, por trás, agarrar Rafik Guitane. Com esta infração cortou um ataque prometedor da equipa estorilista no seu corredor direito.
45’ Foram dados três minutos de tempo adicional, em função de um golo anulado, outro validado, os quatro cartões amarelos exibidos e a pausa rápida para que o fumo lançado das bancadas se dissipasse.
53’ Cartão amarelo para Joel Robles, guarda-redes do Estoril, por comportamento antidesportivo. Na ocasião, agarrou numa das bolas que estava fora do terreno de jogo e mandou-a para dentro das quatro linhas para impedir que o mesmo recomeçasse.
79’ Boma, ao passar entre dois jogadores dos dragões, acaba por se desequilibrar e cair porque foi empurrado com ambas as mãos por Jakub Kiwior, infração fora da área, que era passível de livre direto e cartão amarelo por corte de ataque prometedor.
90’ Uma vez mais, o tempo extra, recuperação de tempo perdido, não foi o adequado. O árbitro deu apenas quatro minutos. Numa competição onde os golos marcados e sofridos são importantes e impactantes para a classificação, onde há prémios para os melhores marcadores, independentemente de o resultado estar ou não resolvido (não era o caso, pois havia apenas um golo de diferença), é muito importante que os árbitros sejam mais assertivos nesta matéria. No segundo tempo houve seis paragens para substituições, onde entraram oito jogadores, se considerarmos os tais quarenta e cinco segundos por cada uma dessas paragens, percebemos que os quatro minutos foram pouco.
90’ William Gomes ao saltar acabou por acertar com o braço esquerdo na cara de Pedro Carvalho, uma entrada negligente e antidesportiva, que para além do livre direto, que foi bem assinalado, era passível de cartão amarelo.
90+2’ Faltou mostrar cartão amarelo a Ferro por ao tentar fugir à marcação do seu adversário, que na ocasião era Eustáquio acabar por lhe acertar com o braço direito na cara do médio dos azuis. Mãos, braços, cotovelos ao nível da cara, nuca ou cabeça, que é uma zona de proteção são normalmente penalizadas disciplinarmente.
90+3’ Os elementos oficiais que estão no banco não podem sair da sua área técnica sem a respetiva autorização e muito menos para irem, como foi o caso, até à linha de baliza para dar instruções aos jogadores. Foi por isso que o árbitro advertiu um dos técnicos-adjuntos dos dragões.
NOTA DO ÁRBITRO — 6