Travante ‘rouba’ para dar vitória a Portugal

Travante ‘rouba’ para dar vitória a Portugal

BASQUETEBOL25.02.202420:51

Com 5 pontos nos últimos 1.01m, um deles um triplo para o 76-77, o base luso-americano acabou por ser decisivo numa partida em que a Seleção entrou em quebra com o arranque da 2.º parte depois de ter chegado a liderar por 19 e a colocar no encontro o ritmo que mais lhe interessava

Com Travante Williams a roubar a bola a Oleksandr Kovliar, o melhor jogador adversário, a 9s do fim e com a equipa a gastar o resto do tempo no ataque aquando até teve oportunidade para marcar mais um cesto, Portugal bateu a Ucrânia por 77-79 (16-26, 16-21, 27-15, 18-17), em Riga (Letónia), na 2.ª jornada do Grupo A da qualificação para o Eurobasket-2025.

Desfecho que recoloca a Seleção de Mário Gomes, que celebrava o 67.º aniversário, no bom caminho para a quarta presença de Portugal no campeonato – passam os três primeiros da poule – mas que esteve para correr mal depois da quebra da qualidade e eficácia defensiva, assim como a movimentação ofensiva para o melhor lançamento, da formação lusa ao longo do 3.º quarto. Isto depois de ter chegado a liderar por 19 (26-45) no 2.º período e atingido o intervalo na frente por 15 (32-47).

Diferença abismal face à última quinta-feira, em Odivelas, contra Israel, foi a que o conjunto das quinas conseguiu para lá dos 6,75m. Se então apenas conseguira converter 2 triplos em 21 tentativas, desta feita acabou com 12/26 (46,15%). Isto após um primeiro período quase imaculado 4/5 (80%) e indo para o balneário com proveitosos 7/12 (58,33%).

Isso ajuda muito a explicar a confortável vantagem construída na 1.ª parte, mas não tudo. O resto deve-se como a equipa defendeu e atitude que teve em campo. Enquanto conseguirem evitar que Kovliar (17 pts, 2 res, 10 ass) tivesse a bola na mão e sobretudo que não conseguisse construir um ataque em transição, as coisas foram-se tornado até demasiado fáceis para os portugueses. E enquanto jogaram bem abertos, de maneira a tentar diminuir as ajudas defensivas dos postes contrários junto ao garrafão … tal até deu a tal falsa sensação de que as coisas seriam favas contadas até ao fim e a vantagem de 19 pontos.  

O problema é que após o intervalo a Ucrânia veio decidida a alterar o rumo da partida, sobretudo com a mudança defensiva e colocando homens altos na frente dos atiradores nacionais, e Portugal entrou ainda para aquecer. Resultado: o 3.º período começou com um parcial de 12-2 (44-49) em 3 minutos e com os donos da casa – atuaram em Riga devido à invasão do seu país pela Rússia – a marcarem cinco triplos só nesse quarto – contra apenas um de Diogo Brito (7 pts, 4 res, 3 ass) para o 59-62. O último lançamento dos ucranianos para o 59-58 deu-lhes então primeira liderança desde o 4-2.

Na equipa portuguesa três indispensáveis destaques: Travante, pelos 5 pontos que registou nos últimos 1.01m, um deles um triplo para o 76-77 e depois o decisivo roubo de bola a Kovliar quanto este entrava para o cesto para tentar o empate ou, quem sabe, falta e 2+1.

A constante luta e tentativa de soluções de Miguel Queiroz (21 pts, 6 res) junto aos gigantes ucranianos, entre os quais o intimidador Artem Pustovyi (11 pts, 3 res, 3 ass) de 2,16m, e Viacheslav Petrov (10 pts, 7 res), mas sem deixar de aproveitar para também ajudar com dois triplos (2/3). E por fim a ação de Diogo Gameiro (12 pts, 3 res, 2 ass), que frente a Israel havia sido o único a não ser utilizado por Mário Gomes, e que registou 4/5 em lançamentos de três pontos, dois no quarto final.