Judo Judoca morre em prova de masters

Numa triste notícia que dá que pensar e serve de alerta para o controle federativo das reais aptidões físicas em provas masters, sejam elas de que modalidades forem, o campeonato brasileiro de judo de veteranos, que se estava a disputar em Pindamonhangaba, estado de São Paulo, ficou sexta-feira, primeiro dia de competição, marcado com a morte de um dos participantes pouco depois de lutar e a paragem cardíaca de outro durante o combate.

Luíz Cherabini, de 64 anos, que competia na categoria M7 (60-64 anos) em representação da Associação Desportiva Embraer (São José dos Campos), não se sentiu muito bem após o combate e decidiu ir para a bancada, onde acabou por ter um ataque cardíaco. Apesar dos esforços de reanimação veio a falecer no local.

Mais sorte teve Nilton Ferreira, de 58 anos, que lutava pela Federação Baiana de Judo. A paragem cardíaca aconteceu durante o combate, mas neste caso os primeiros socorros conseguiram a reanimação, sendo depois Nilton levado para o hospital e internado nos cuidados intensivos, mas já estando estável.

Face ao ocorrido, a Confederação Brasileira de Judo, entidade organizadora do campeonato, cancelou a prova.

Comunicado oficial da Confederação Brasileira de Judo

«A Confederação Brasileira de Judô informa que o Campeonato Brasileiro de Judô Veteranos 2023, que começou nesta sexta-feira, 18, em Pindamonhangaba, está oficialmente cancelado. Dois judocas que participavam do evento sofreram mal súbitos e, infelizmente, um deles não resistiu, vindo a óbito.

A competição cumpria todos os requisitos de segurança, como equipe médica, ambulância de serviço avançado (UTI Móvel) e seguro. Todo o protocolo de socorro imediato e remoção ao hospital de referência foi executado pela organização.

A CBJ lamenta profundamente a triste e inesperada perda, e solidariza-se aos familiares e amigos nesse momento de profundo pesar.

Compreendemos a possível frustração daqueles que se empenharam, treinaram e foram a Pindamonhangaba com as melhores expectativas para participar de um evento que, antes de ser competição, é uma grande confraternização entre amigos. E, como amigos, como a família que o judô brasileiro realmente é, isso evidencia as razões que temos para não darmos continuidade ao evento dadas as circunstâncias atípicas que, infelizmente, encaramos no momento.»