Vítor Matos conversa com o jornalista Luís Mateus sobre os quatro treinadores portugueses da Premier League
Vítor Matos conversa com o jornalista Luís Mateus sobre os quatro treinadores portugueses da Premier League

«Ruben Amorim tem desafio gigantesco de criar uma cultura de vitória»

Vasco Matos fala no treinador do rival Manchester United e ainda dos outros três técnicos portugueses na Premier League

Vítor Matos deixou o Liverpool no verão, mas o contingente português formado por Marco Silva (Fulham) e Nuno Espírito Santo (Nottingham Forest) foi, entretanto, reforçado por Ruben Amorim (Manchester United) e Vítor Pereira (Wolverhampton).

Como tens visto o trabalho dos outros treinadores portugueses na Premier?

Em primeiro lugar, quero dizer que, enquanto português, é um orgulho ver quatro treinadores portugueses naquela que para mim é a melhor liga do mundo. São para mim uma referência naquilo que foi o seu trajeto e também na forma como sempre conseguiram criar equipas competitivas e em diferentes contextos em função da sua ideia. Depois, o ponto de partida de todos nesta época é muito díspar.

Então, vamos por partes. Comecemos pelo mais antigo, o Marco Silva...

O Marco Silva tem feito um trabalho fantástico no Fulham, tendo-o promovido há quatro épocas. Mais do que manter o clube na Premier League tornou-o competitivo, conseguiu criar sustentabilidade e, para nós, enquanto Liverpool, eram sempre muito difíceis os jogos contra eles.

E esta temporada do Nuno e do Nottingham? Tem de ser surpreendente!

O Nuno Espírito Santo está a fazer uma época de sonho. É incrível o que o Nottingham tem feito este ano, é um exemplo fantástico naquilo que foi olhar para o que os jogadores são e tirar o máximo rendimento deles, sendo coletivos e super eficientes naquilo que fazem. São o adversário que ninguém quer defrontar este ano.

O Vítor Pereira no Wolves...

O Vitor Pereira está há menos tempo no Wolverhampton, mas conseguiu ter impacto imediato no rendimento da equipa e também na forma de jogar. Acima de tudo, parece-me ter criado «um novo começo», um novo «querer» coletivo.

Por fim, o Ruben Amorim e o Manchester United, com quem o Liverpool tem uma rivalidade tremenda. Como tens visto estes primeiros passos?

O Ruben Amorim tem um desafio gigante, em mais que criar uma identidade, voltar a criar uma cultura, uma cultura de vitoria e de sucesso, e isso carece de tempo.