Inter-Bayern, 2-2 São 11 contra 11, mas a história já não é como antes. Ou será, José?
Os italianos foram melhores durante toda a eliminatória e seguem para as meias-finais #DAZNChampions
«O futebol são 11 contra 11 e no final ganham os alemães».
Esta quarta-feira foi um ótimo dia para negar verdades irrefutáveis do futebol. Se em Madrid ficou provado que afinal há impossíveis para o Real Madrid na Champions League, com o apuramento do Arsenal com direito a nova vitória, em Milão o Inter de Simone Inzaghi também não ligou nenhuma à velha história de que os alemães vencem sempre nesta coisa do futebol.
Afinal, umas meias-finais da Champions pode ser uma reunião das equipas que melhor jogam, em vez de um destino traçado e repetido ano após ano à boleia de caprichos da tradição.
O Inter esteve muito mais segura no jogo, foi muito mais equipa na eliminatória, e depois de ter aguentado a pressão do gigante alemão marcou mesmo encontro com o Barcelona nas meias-finais.
Estrategicamente, os italianos fizeram um jogo perfeito na 1.ª parte. Fechados à italiana – também tem de se manter alguma tradição – conseguiram irritar os bávaros e não lhes conceder qualquer oportunidade de golo.
E quando o Bayern passou para a frente do marcador, com a classe de Kane a desequilibrar, os homens de Inzaghi foram para cima do adversário e fizeram a reviravolta, com dois golos em dois minutos. Primeiro por Lautaro e logo a seguir por Pavard.
E sim, aos 61’, mesmo com dois golos de vantagem na eliminatória, ainda havia muito jogo pela frente. Mas mais uma vez, o Inter foi quase sempre superior e não se desorganizou nem quando Eric Dier empatou a partida aos 76’.
O que outrora seria uma eternidade para uma equipa alemã na maior prova de clubes do mundo, foi muito curtinho. Deu até para desesperar, mandar o guarda-redes para a área do Inter nos últimos minutos, mas nem assim.
Dois anos depois, o Inter de Inzaghi volta às meias-finais da Champions e mantém a possibilidade de conquistar o triplete. E por falar em Inter, em triplete e Barcelona nas meias-finais… José Mourinho deve estar a sorrir com o cenário.
Ainda vai a tempo de se tornar tradição?