Ronaldo desiste de candidatura à Confederação brasileira: «Portas fechadas»
«As federações recusaram-se a receber-me», constata
Ronaldo Nazário desistiu de se candidatar à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O ‘fenómeno’ lamentou não ter recolhido apoios das federações estaduais e a apresentar um projeto para a CBF.
«No meu primeiro contacto com as 27 filiadas, encontrei 23 portas fechadas. As federações recusaram-se a receber-me nas suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição. Não pude apresentar meu projeto, levar as minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo», lamentou num post nas redes sociais.
«A maior parte das lideranças estaduais apoia o presidente em exercício [Ednaldo Rodrigues], é direito deles e eu respeito, independentemente das minhas convicções», notou ainda.
Ronaldo tinha anunciado em dezembro a intenção de disputar as próximas eleições, que devem ocorrer até março de 2026.
A mensagem na íntegra
Depois de declarar publicamente o meu desejo de me candidatar à presidência da CBF no próximo pleito, retiro aqui, oficialmente, a minha intenção. Se a maioria com o poder de decisão entende que o futebol brasileiro está em boas mãos, pouco importa a minha opinião.
Conforme já havia dito, os meus primeiros passos seriam na direção de dar voz e espaço aos clubes, bem como escutar as federações em prol de melhorias nas competições e desenvolvimento do esporte em seus estados. A mudança necessária viria desse alinhamento estratégico, com a força da visão compartilhada.
No entanto, no meu primeiro contato com as 27 filiadas, encontrei 23 portas fechadas. As federações se recusaram a me receber em suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição. Não pude apresentar meu projeto, levar minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo.
O estatuto concede às federações o voto de maior peso e, portanto, fica claro que não há como concorrer. A maior parte das lideranças estaduais apoia o presidente em exercício, é direito deles e eu respeito, independentemente das minhas convicções.
Agradeço a todos que demonstraram interesse na minha iniciativa e sigo acreditando que o caminho para a evolução do futebol brasileiro é, antes de mais nada, o diálogo, a transparência e a união.