Sem apelo nem agravo. Assim foi a vitória do Rio Ave sobre o Gil Vicente, cujos números até poderiam ser maiores caso a mira estivesse (ainda mais) afinada. Quando Costinha, logo aos 5 minutos, fez a bola passar a milímetros do poste, após cruzamento de Marious Vrousai, percebeu-se que os vila-condenses, apoiados pelo seu público e pelo… vento, não queriam demorar muito a demonstrar que a vontade em que os três pontos ficassem em casa era mais que muita. Afinal, os comandados de Luís Freire – ontem na bancada, a cumprir um jogo de suspensão – estavam em lugares perigosos e precisavam de somar para passar a respirar melhor. É um facto que os rioavistas vinham a pontuar há cinco jogos – cinco empates consecutivos que reforçaram o estatuto de… rei dos empates -, mas era preciso (ainda) mais para fugir à concorrência. Costinha voltou a tentar o golo, pouco depois, o mesmo acontecendo com Joca. A bola teimava em não entrar, mas João Teixeira, à passagem da meia hora, fez questão de desfazer o ‘mito’ e atirou a contar: assistência de Joca e remate colocado do número 7 para o primeiro da tarde nos Arcos. Para se ter uma ideia do intenso domínio dos visitados, foi apenas aos 37 minutos que o Gil Vicente conseguiu rematar à baliza contrária, com Jhonatan a negar os intentos a Tidjany Touré. Pouco depois, Martim Neto desviou com o braço, dentro da área, um remate de Marious Vrousai e Yakubu Aziz, na transformação do consequente penálti, dilatou a vantagem vila-condense. Se o Gil Vicente pensava em reagir na etapa complementar, a expulsão de Tidjany Touré deitou tudo a perder. Sendo que, pior ainda para os gilistas, Joca, logo de seguida, e após passe de Fábio Ronaldo, sentenciou a partida. O Rio Ave, vulgo rei dos empates (já leva 14 na Liga), também sabe ganhar… e com nota artística.
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