Médio georgiano 'reservado' para o mercado em 2025/2026 é boa aposta? A BOLA falou com Marc Baró, lateral espanhol que está em grande plano no UD Leiria, que é amigo e ex-colega do desejado reforço dos leões. As indicações são as melhores.

Reforço do Sporting apresenta-se: «Capitão América é exemplo de coragem»

Kochorashvili falou em Tiblissi num colóquio sobre a saúde mental no desporto. A mudança para Lisboa e as dificuldades que passou para chegar a profissional

É para já uma das (poucas) caras novas confirmadas no renovado plantel do leão em 2025/2026. Kochorashvili, médio que representava o Levante (Espanha) e custou €5,5 milhões aos cofres leoninos, encontra-se a gozar um período de férias e aproveitou o tempo para falar num colóquio, na Geórgia, sobre a saúde mental no desporto. Na ocasião, o internacional georgiano abordou a mudança para Lisboa. 

«Vivi em Valência durante seis anos e, quando me estava a preparar para mudar para Lisboa, deparei-me com uma nota de 20 páginas. Onde escrevi sobre a perserverança que me ensinou tanto. Coloquei no papel os meus pensamentos. Naquelas páginas via que antes tinha algum receio e superei. Talvez algumas coisas que escrevi ao longo dos anos podem ser úteis para outras pessoas», disse o médio, revelando algumas das situações mais complicadas que viveu até chegar a jogador profissional. 

Kochorashvili vai rumar a Alvalade após cinco anos no Levante
Kochorashvili vai rumar a Alvalade após cinco anos no Levante (IMAGO)

Os meus princípios são os mesmos: coragem, trabalho e disciplina. Mesmo que digam que não és o melhor, que não estás pronto

«Existem sempre momentos difíceis. Tenho pessoas que me ajudaram a decidir o que devo dizer ao público e de que forma posso tocar no coração das pessoas de maneira correta. Por exemplo, como fazer publicações nas redes sociais. Deixo isso para os profissionais da área. Por outras palavras, o futebol é muitas vezes influenciado por pessoas que não são visíveis», afirmou, lembrando, depois, a alcunha que recebeu de Capitão América no festejo dos seus golos. 

«Para mim, o Capitão América não é apenas imitar um elemento da Marvel. Quando era criança, diziam-me que era fraco e não estaria preparado para o futebol europeu. Depois do Europeu de sub-19 na Geórgia, também disseram que não estava pronto para o campeonato da Geórgia. O Capitão América é o exemplo de coragem. Aquele que, com a sua força, tenta ajudar as pessoas e o Mundo. Os meus princípios são os mesmos: coragem, trabalho e disciplina. Mesmo que digam que não és o melhor, que não estás pronto, trabalha e faz o que amas, porque, se estiveres no caminho correto, vais atingir os teus objetivos», disse. 

A finalizar, o médio também falou do sonho em representar a seleção georgiana e contou uma história marcante desse percurso. 

«Ainda era uma criança quando um jogador da seleção principal, Sandro Kobakhidze, deu-me um par de chuteiras. Usei-as com alegria, apesar de serem muito grandes. Agora, entendo o que cada gesto significa para um adepto, tais como oferecer uma camisola e tentar não deixar alguém indiferente», contou.