Na antevisão ao Dérbi da Invicta, que irá opor Boavista e FC Porto esta sexta-feira, Ricardo Paiva abordou vários temas, entre os quais o reencontro com Sérgio Conceição. Recorde-se que os dois treinadores trabalharam juntos em clubes como Olhanense, Académica, Vitória de Guimarães e SC Braga. - Como será o reencontro com Sérgio Conceição, um treinador que marcou o seu início de carreira? - «Terá uma parte especial, mas o foco estará sempre no Boavista, na nossa equipa, na nossa dinâmica, naquilo que poderemos fazer ao longo do jogo para contrariar as mais-valias do FC Porto. Durante esta semana de trabalho, a minha preparação foi pensando nisso e não na questão do reencontro, com o devido respeito que o Sérgio me merece.» - Que postura vai adotar o Boavista frente a um candidato ao título, numa altura em que não vence há 10 jogos para a Liga? - «Espero uma equipa extremamente competitiva, à procura da linha de trabalho que a orientou esta semana. Sempre com vista a conseguir corresponder aos vários momentos do jogo com assertividade.» - Que pontos positivos retira do último encontro, frente ao Gil Vicente? - «Há sempre pontos positivos e negativos a retirar de cada jogo. Foi um jogo com algumas incidências que nos condicionaram. Tivemos momentos muito positivos, dentro do que estava planeado para o jogo, e houve momentos em que fomos menos assertivos. Conseguimos analisar e tivemos oportunidade de corrigir. Foi uma semana produtiva nesse sentido, num percurso que ainda está a iniciar-se.» - Em Barcelos houve duas baixas importantes no meio-campo: Seba Pérez e Makouta, que estão agora de regresso. Por outro lado, ficou sem Salvador Agra para as próximas semanas. Também não vai poder contar com Chidozie e Bruno Onyemaechi. O setor defensivo promete-lhe criar problemas adicionais? - «Nós, enquanto treinadores, temos a missão de conseguirmos arranjar soluções dentro do plantel, e nós não fugimos à regra. Vamos ter de ser criativos, puxar pela cabeça para encontrarmos uma solução que seja igualmente competitiva. Vamos seguramente apresentar uma linha defensiva identificada com o que pretendemos, segura e capaz de responder à altura, em função de um adversário que nos criará diferentes problemas.» - As ausências de Taremi, Zaidu e Alan Varela no FC Porto podem beneficiar o Boavista? - «Julgo que não. Uma equipa com o FC Porto, com um plantel vasto, tem soluções capazes de suprir ausências, mantendo a qualidade do jogo. Obviamente que jogadores como o Taremi, o Zaidu conferem nuances diferentes que podem numa ou noutra situação resultar em comportamentos diferentes, mas a competência, a regularidade do desempenho não está em causa. Quem jogar nas posições terá, com toda a certeza, o mesmo registo, conferindo algumas nuances diferentes em termos individuais.» - É importante que o grupo resgate a memória coletiva da vitória no início do campeonato diante do Benfica (3-2)? - «Não pegámos nesses momentos como forma de motivar a equipa para o trabalho, a questão do foco e da preparação foi sempre o mote, mas os jogadores têm boa memória, esses momentos virão às suas cabeças, e servirão para eliminar hipotéticas dúvidas. Se foram capazes de o fazer, serão capazes de o fazer novamente. O contexto é diferente, mas a qualidade está lá e o trabalho foi desenvolvido no sentido de conferir à vontade e confiança para desenvolverem as suas missões dentro de campo.»
